Casa Cor teve início neste sábado em BH saudando o modernismo, intimista, em um ícone da arquitetura mundial

Com 35 ambientes distribuídos em 5 mil m², evento volta à Pampulha menos monumental e mais criativo, ocupando uma casa projetada pelo senhor das curvas, Oscar Niemeyer

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postado em 20/09/2013 10:12 / atualizado em 23/09/2013 11:14 Joana Gontijo /Lugar Certo
A casa da família Dalva Simão, assinada por Oscar Niemeyer, na Pampulha, é o cenário ideal para a realização da mostra - Thiago Ventura/EM/D.A Press A casa da família Dalva Simão, assinada por Oscar Niemeyer, na Pampulha, é o cenário ideal para a realização da mostra

Fachada e cobertura em formas sinuosas, decoração de interiores ondulante, desenhos orgânicos, ao lado de composições geométricas e abstratas, em ambientes em que a arquitetura é a grande protagonista. Cada passo revela surpresas em tijolos de vidro, painéis de azulejo, paredes tortuosas, elementos vazados, escadas flutuantes, piscina em movimento, gradis e vigas aparentes, entalhes em madeira, pisos em mosaicos vermelhos, tacos amarelos, cerâmicas escuras e dos mais variados, traços agora complementados com jardins exuberantes, plataformas sustentáveis, e a mais importante mostra de design, arquitetura e paisagismo das Américas, porque não dizer, de alcance mundial. A Casa Cor Minas Gerais retorna à Pampulha, em BH, e chega à 19ª edição para reverenciar o modernismo, ocupando um imóvel assinado por, ninguém menos, Oscar Niemeyer. A casa datada de 1954 (época do auge da carreira do arquiteto), que há três gerações pertence a família Dalva Simão, e é protegida pelas entidades ligadas ao patrimônio como bem da humanidade, serve como o cenário perfeito para levar o evento de volta à raiz, ao conceito mais intimista e nada monumental. São pouco mais de 30 ambientes, 5 mil m², com vista privilegiada para a lagoa, em projetos de autoria dos mais renomados profissionais da área do estado, em uma reunião de boas, criativas e honestas ideias que o espectador pode trazer para seu lar. A visitação foi aberta ao público neste sábado e vai até o dia 22 de outubro na Alameda das Palmeiras, no bairro São Luiz.

Acesse a galeria e veja as fotos da Casa Cor MG 2013!

Arquiteto brasileiro mais celebrado internacionalmente e autor de mais de 600 obras no mundo todo, Oscar Niemeyer (1907-2012) filtrou o modernismo europeu e o transformou em personalidade brasileira, com as curvas leves e sensuais tão características. É isso que a Casa Cor Minas está celebrando este ano. A preocupação em interferir o mínimo na estrutura já existente na residência, uma das poucas obras familiares de autoria do célebre arquiteto, deu aos participantes a possibilidade de se apresentar nos móveis, objetos de arte e adornos, tecidos, cores, texturas, revestimentos, iluminação, tecnologia e concepções ambientais e estéticas de forma livre e despreocupada. O passeio, permeado por uma tônica central, cria identidade, fluidez, beleza, e a satisfação, no visitante, de participar de um local de importância singular na história dos mineiros e do país. É a primeira vez, nas 250 edições realizadas em todo o Brasil, que a Casa Cor acontece em um projeto de Niemeyer.
O tom modernista da construção consolida a tônica central do evento - Thiago Ventura/EM/D.A Press O tom modernista da construção consolida a tônica central do evento

Esta também é a quinta edição ocorrida na região que está completando 70 anos, na capital. “Já tivemos a oportunidade de realizar o evento nos anos de 1999, 2000, 2002 e 2009, na Pampulha. Agora voltamos em uma casa de importância histórica e arquitetônica para a cidade. Esta é a mostra mais desafiadora que já tivemos”, afirma João Grillo, organizador da Casa Cor em Minas Gerais. “No início, tínhamos duas opções para a escolha do imóvel. As duas muito boas, aqui na Pampulha. O que fez a balança pesar para o lado desta casa foi a assinatura de Niemeyer. Não só esta autoria, mas também o cuidado que a família teve em manter esta casa viva. É dificílimo ver uma família que consegue, durante 60 anos, manter os cuidados e a fidelidade a tudo o que foi projetado pelo mestre”, acrescenta Ernesto Lolato, também organizador da Casa Cor em Minas, lembrando que, apesar de alguns complicadores, uma análise detalhada e o apoio de uma equipe especializada em patrimônio com as diretrizes corretas de ocupação, viabilizaram o evento.

Veja fotos da Casa Cor Minas 2012
Confira a galeria do evento em BH em 2011
Veja imagens da Casa Cor São Paulo 2012

Ernesto Lolato e João Grillo apresentam uma Casa Cor que volta às origens - Thiago Ventura/EM/D.A Press Ernesto Lolato e João Grillo apresentam uma Casa Cor que volta às origens
“A partir da escolha feita, criamos algo extremamente atual do lado de fora, respeitando completamente a arquitetura original. Essa forma mais contemporânea de fazer uma casa, de se habitar uma casa, ao lado do modernismo, concebeu um contraponto muito interessante e ousado”, complementa Ernesto. Segundo o co-organizador, o tema selecionado este ano, “Um olhar muda tudo”, segue um pouco os últimos eventos do setor que aconteceram recentemente em São Paulo e em outros lugares do globo, quando a Casa Cor resgata o primeiro ponto vista, dos anos iniciais de sua criação, dizendo que ressurge com o mesmo glamour para mostrar como o outro vive, aguçando a curiosidade no observador ao admirar o alheio. “Retornamos à perspectiva do voyeurismo. O público entra aqui e pode ver como vive uma família abastada, ou pelo menos com boas condições, e fica babando. As últimas edições tinham sido muito monumentais, mas acreditamos que a Casa Cor tem que ser assim, não pode ser um megaevento montado apenas para isso”, explica. Mesmo diante do fato da mostra ter passado por um forte crescimento ao longo dos anos, em 2013 a oportunidade de existir na casa de uma tradicional família da cidade, os Dalva Simão, gerou redução significativa no número de espaços e profissionais e o retorno ao conceito original cabia perfeitamente ao momento, afirma Ernesto Lolato.

Veja fotos de projetos residenciais de Oscar Niemeyer

Inspiração para levar para casa

Quem for à Casa Cor na Pampulha poderá conhecer propostas para quarto do casal, quarto do bebê, sala, sala de música, jardim, varanda, adega, cozinha, loft, lounge, escritório, bar e restaurante, deck e espaço gourmet, entre outros, em combinações que traduzem as necessidades dos moradores em projetos sofisticados, funcionais e irreverentes.
Uma grande caixa de aço e vidro recepciona os visitantes, na Bilheteria - Thiago Ventura/EM/D.A Press Uma grande caixa de aço e vidro recepciona os visitantes, na Bilheteria

Júnior Piacesi revisitou o minimalismo em um projeto que elimina as barreiras entre interior e exterior - Thiago Ventura/EM/D.A Press Júnior Piacesi revisitou o minimalismo em um projeto que elimina as barreiras entre interior e exterior
Logo na entrada, o visitante é recepcionado por uma grande caixa de aço e vidro, especialmente construída para a mostra que, totalmente integrada ao jardim frontal, à arquitetura existente e à paisagem ao redor, elimina os limites entre dentro e fora, como conta o arquiteto Júnior Piacesi. Autor da Bilheteria, ele revisitou a máxima do minimalismo aproveitando a transparência e a leveza do vidro, contrapostas à estrutura em aço muito bem acabado, pintado de branco, deixando que as árvores do terreno penetrem o interior em aberturas superiores. “A caixa representa a possibilidade de viabilizar a execução de um ambiente, seja corporativo ou residencial, em um curto espaço de tempo de forma leve e harmônica”, diz Piacesi.

A referência a Niemeyer aparece da especificação dos cobogós, tijolos vazados muito utilizados por Oscar, que neste espaço foram repaginados para compor uma bancada diferente. “É uma releitura do cobogó. Aqui eles estão maiores, com desenho menos tradicional e, iluminados por trás, transformam a bancada em uma grande luminária à noite. O complemento da composição vem com os pufes de tricô, tornando o projeto mais aconchegante e convidativo”, acrescenta o profissional.
No Terraço 54, um local para um encontro descontraído em um happy hour - Thiago Ventura/EM/D.A Press No Terraço 54, um local para um encontro descontraído em um happy hour

Edwiges Leal e Eduardo Begiato mostram um ambiente colorido e alegre que valoriza a arquitetura - Thiago Ventura/EM/D.A Press Edwiges Leal e Eduardo Begiato mostram um ambiente colorido e alegre que valoriza a arquitetura
Em 200 m², no Bar, que os criadores Edwiges Leal e Eduardo Begiato batizaram de Terraço 54, a demanda é festiva e chama ao encontro em um happy hour. “Este é o ambiente que abriga o pós visita a todos os outros ambientes, onde as pessoas vão relaxar, conversar, escutar música, em uma proposta de ambientação descontraída”, descreve Edwiges. Partindo de uma concepção neutra, intervindo de forma contemporânea para não concorrer com a casa e valorizar os detalhes da arquitetura, como salientam os autores, as memórias da construção e a conexão com o meio ambiente aparecem com o acréscimo de mobiliário confortável e adornos coloridos. A decoração traz à tona tecidos estampados e alegres, vidro, madeira e design nacional. Na varanda, a mesa e as cadeiras de palhinha exaltam o azul que conversa com o painel de azulejos original, em uma extensão do bar e restaurante que suporta cerca de 60 pessoas. “No piso, fizemos uma homenagem à cor do original, uma lajota amarela, que foi a única coisa em toda a casa que a família trocou.”
Em uma real sala de exibição, ambiente realça a possibilidade de ter um confortável e tecnológico cinema dentro de casa - Thiago Ventura/EM/D.A Press Em uma real sala de exibição, ambiente realça a possibilidade de ter um confortável e tecnológico cinema dentro de casa

Com dez participações na Casa Cor, Carico está de volta depois de cinco anos - Thiago Ventura/EM/D.A Press Com dez participações na Casa Cor, Carico está de volta depois de cinco anos
Com dez participações na Casa Cor e retornando à mostra após cinco anos, o renomado arquiteto mineiro Carlos Alexandre Dumont, o Carico, apresenta em 2013 um novo item para a casa – um cinema de verdade. O espaço de 55 m² e pé direito de três metros não foi feito simplesmente como um home-theater familiar, como era antigamente, e sim mostra o grande profissionalismo na área de automação que permite levar uma real sala de exibição para dentro do lar, sem demanda de muito espaço ou custos tão altos, de acordo com a exigência do usuário, ressalta Carico. Em quase 20 lugares, a sala foi distribuída em chaises, poltronas e um generoso sofá ao fundo, fornecendo diferentes possibilidades de acomodação. “Aqui tem assento para quem quer se esparramar, ficar abraçado com um filho, ou estar junto com o companheiro ou com a família toda. Dá não só para assistir a filmes. Pode ser a própria televisão, ou um show ao vivo em Londres. Aquilo que antes era possível apenas para um arquimilionário, como o Steve Jobs, agora está ao nosso alcance”, compara o arquiteto. Para Carico, dentro de casa cada um tem suas manias, que no caso de seu ambiente é o cinema. “Uma boa diversão para os aficionados, que estende o simples fato de ver TV e oferece entretenimento com mais segurança e comodidade, no aconchego do lar”. A estrutura do Cinema foi totalmente criada por cima da antiga quadra de vôlei do imóvel, sem alterar nada e sem fundação, contando com todo o tratamento termoacústico necessário e tecnologia da Live Automação.
O Atelier da Cozinheira é uma ambientação criativa para quem faz da gastronomia uma diversão - Thiago Ventura/EM/D.A Press O Atelier da Cozinheira é uma ambientação criativa para quem faz da gastronomia uma diversão

No Atelier da Cozinheira, as estreantes Bruna Paz, Manuela Lolato e Marcela Carvalho criaram, em 7,3 m², um projeto despojado, espaço de confraternização, idealizado para uma jovem chef que gosta de cozinhar, e para os amigos, como descreve Manuela. “Ao mesmo tempo em que aqui ela experimenta uma receita pela primeira vez, também serve as amigas, e faz disso um programa, uma diversão. Fica mesmo um clima de despojamento”, afirma. Um elemento interativo aparece na
Na primeira participação no evento, Bruna Paz, Manuela Lolato e Marcela Carvalho criaram um espaço despojado e para confraternização - Thiago Ventura/EM/D.A Press Na primeira participação no evento, Bruna Paz, Manuela Lolato e Marcela Carvalho criaram um espaço despojado e para confraternização
parede revestida com tinta de efeito de quadro negro, especial para escrever combinações culinárias, cardápios, listas e recados. Na outra parede, um mapa do mundo permite que a cozinheira marque as receitas de cada lugar que já visitou. As prateleiras e a mesa, desenhadas pelas arquitetas, são em compensado prensado com lâmina de freijó lavado, e se contrapõem às cadeiras em tons de amarelo e azul, em ferro. “A bancada de pedra sabão, material bem típico de nosso estado, lembra que estamos em uma casa mineira”, complementa Manuela.

Para Marcela, esta ambientação é um exemplo que pode ser aplicado na vida da maioria das pessoas, já que atualmente os imóveis estão cada vez menores. “Foi um grande desafio fazer o atelier de uma chef em uma metragem tão pequena. É um jeito de mostrar que dá para ter uma coisa bacana mesmo em espaços reduzidos”, diz. Bruna ressaltou a honra, para elas, em participar da Casa Cor em uma residência de Niemeyer, ainda mais na primeira vez presentes na mostra. “A preocupação foi em não poder modificar muito a estrutura. Não podíamos alterar o piso, pintar as portas, por exemplo. Mas isso acabou sendo um estímulo, porque são materiais muito nobres e bonitos que foram preservados na casa. Fomos nos ajustando à paredes tortas durante a obra e deu tudo certo”, comemora.


Natacha Nascif e Juliana Couri ficaram encantadas com a parede de cobogós original do imóvel - Thiago Ventura/EM/D.A Press Natacha Nascif e Juliana Couri ficaram encantadas com a parede de cobogós original do imóvel

A Sala do Cobogó é um convidativo ambiente social que renovou a área de serviço inicial  - Joana Gontijo/EM/D.A Press A Sala do Cobogó é um convidativo ambiente social que renovou a área de serviço inicial
Na Sala, assinada por Natacha Nascif e Juliana Couri, mais um destaque para o cobogó, que nasce no ambiente em uma parede branca vazada, já integrante do projeto inicial da morada, como o ator principal. A Sala do Cobogó, assim carinhosamente chamada pelas arquitetas, deu nova cara à antiga área de serviço, em uma bela composição que aproveita muito bem os 17 m². “O cobogó é um elemento característico desta arquitetura dos anos 1950 e, quando vimos esta sala, ficamos encantadas com a parede original, a linda luz que entra pelos cobogós, assim como a ventilação natural, o que realmente foi o nosso ponto de partida”, elucida Juliana. Um espaço que antes não era muito valorizado na casa, agora lança mão do traçado estreito (são 8,5 m por 2 m) para aparecer modificado em um cômodo aconchegante, ressalta. As paredes revestidas em papel vermelho remetem à cor preferida de Niemeyer, contrastantes ao branco dos cobogós. A opção por um mobiliário pontuado e limpo, exaltando designers brasileiros, ao lado de obras de arte de nomes como Amílcar de Castro e Frans Krajcberg, completa a proposta. “O piso de tacos cerâmicos também foi mantido. O maior desafio foi realmente valorizar a arquitetura existente”, inclui Natacha.
Quarto Feminino busca inspiração, em 22 m², na obra de fotógrafa - Thiago Ventura/EM/D.A Press Quarto Feminino busca inspiração, em 22 m², na obra de fotógrafa

Fabíola Constantino Ferreira e Patrícia Pires Lage conceberam o reduto moderno e funcional de uma estudante de fotografia - Thiago Ventura/EM/D.A Press Fabíola Constantino Ferreira e Patrícia Pires Lage conceberam o reduto moderno e funcional de uma estudante de fotografia
Inspirado na obra da fotógrafa Rosana Ferolla, o Quarto Feminino, das designers de interiores Fabíola Constantino Ferreira e Patrícia Pires Lage, é o reduto moderno e funcional de uma estudante de fotografia. A composição reúne diferenciais como a escrivaninha em microtextura especial, com a possibilidade de ser eletrificada, a luminária canadense que lembra os rebatedores usados na produção de imagens fotográficas, a cama com suporte para controles remoto, celular e outros utilitários, além do painel embutido de TV e a poltrona Sérgio Rodrigues. “O papel de parede dá aconchego ao quarto e a divisão, em veneziana de madeira lavada, separa o ambiente sem dividi-lo totalmente. À frente da cama, criamos uma estante em laca fosca (são 8 mil opções de cores), em que optamos pelas tonalidades rosa e cinza. Uma coleção de câmeras antigas, cedida pela homenageada e de grande estima pessoal para ela, aparece acondicionada em uma caixa de acrílico na estante”, descreve Patrícia.

Acesse a galeria e veja as fotos da Casa Cor MG 2013!

Na opinião de Fabíola, o quarto de 22 m², composto como semi suíte e com uma varanda interna, como acontece na maioria dos cômodos da casa, mostra o pioneirismo e o espírito visionário de Oscar Niemeyer. “Preservamos esta ideia, mas criando mobilidade no ambiente ao setorizar um pouco as áreas de descanso e trabalho. Outra grande surpresa foi a descoberta do piso original, na hora da raspagem do andar. O taco de peroba é um elemento que para nós, enquanto profissionais da área, tem valor inestimável”, diz. Nas paredes, fotos impressas em hanemulle e canvas (tecido utilizado em pinturas), também de autoria de Rosana, e a roupa de cama artesanal em linho bordado especialmente fabricada com relação à cartela da laca, dão o toque final.
Detalhes da arquitetura de Niemeyer são um capítulo à parte nesta edição - Thiago Ventura/EM/D.A Press Detalhes da arquitetura de Niemeyer são um capítulo à parte nesta edição


CASA COR MINAS GERAIS 2013
De 21 de Setembro a 22 de Outubro de 2013
Special Sale: 19 a 22 de outubro
De quarta a sexta, de 16h às 22h; sábado, de 13h às 22h; domingo,
de 13h às 19h.
Ingresso: R$ 50 (inteira) e R$25 (meia – para idosos acima de 60 anos,
crianças e estudantes)
Na Alameda das Palmeiras, 444 - Bairro São Luiz, Pampulha – Belo Horizonte - MG
Informações: www.casacorminas.com.br; (31) 3286-4587

Tags: mostra

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eduardo - 21 de Setembro às 11:54
Casacor= casa irrealidade brasileira. Isto e uma panelinha querendo ganhar dinheiro dos ricos tolos que tem mais dinheiro do que nocao.

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