Decoração com história

Livro registra objetos que o homem produziu para serem admirados, preservados e usados

Réplicas ou referências de peças que marcaram uma determinada época podem enfeitar sua casa

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postado em 22/10/2014 09:00 Lilian Monteiro /Estado de Minas
Editora Intrínseca/Reprodução
Em A história do mundo em 100 objetos, Neil MacGregor, diretor do British Museum, em Londres, faz uma seleção de itens que tiveram importância para o homem, desde a mão de pilão de pedra em forma de pássaro encontrada no Rio Aikora, em Papua-Nova Guiné, até o relicário do Santo Espinho, feito de ouro, joias e esmaltes, encontrado em Paris (entre os anos de 1350 e 1400 d.C.). Com detalhes reveladores sobre a origem de cada um, o livro é um guia de arte, história e, por que não, de decoração. Os objetos estão no acervo daquele que é considerado um dos maiores museus do mundo. Peças imponentes, lindas, de impacto, estranhas e de valor incalculável que, ao longo das civilizações, não só servem para contar a trajetória da humanidade como também são inspiração para influenciar o gosto pela arte e despertar o desejo de ter em casa réplicas (ou imitações) que vão agregar valor a qualquer design de interior. As originais são intocáveis, mas servem de referência para ter em casa adornos parecidos que, de tão especiais, são a assinatura de personalidade de qualquer decoração. Elas registram conhecimento, bom gosto, informação e ousadia em qualquer ambiente contemporâneo, já que carregam não só uma mensagem estética ou de beleza. Dos ambientes mais requintados aos mais simples, dos objetos mais caros aos artesanais, a influência no hábito do homem de enfeitar a casa pode vir de qualquer lugar.


A história do mundo em 100 objetos

Autor: Neil MacGregor
Editora: Intrínseca
Páginas: 781
Valor sugerido: R$ 69,90

CONFIRA A HISTÓRIA DE ALGUNS OBJETOS:

Os vasos de David, porcelana do distrito de Yushan, China, 1351 d.C.
Editora Intrínseca/Reprodução

“Sob o domínio dos imperadores mongóis, a China desenvolveu um dos produtos de luxo mais duradouros e bem-sucedidos da história do mundo – um produto adequado a magníficos palácios de prazeres, mas que em poucos séculos se difundiu de grandes palácios a simples salas de estar do mundo inteiro: a porcelana chinesa azul e branco. Admirada e imitada há mais de mil anos, ela influenciou quase todas as tradições de cerâmica do mundo e desempenhou papel crucial nas permutas interculturais.”

Conjunto de chá do início da era vitoriana, jogo de chá em prata e cerâmica de Staffordshire, Inglaterra 1840-1845 d.C.
Editora Intrínseca/Reprodução

“O que poderia ser mais doméstico, mais banal, mais britânico do que uma boa xícara de chá? Em meados do século 19, certos artigos passaram a ser considerados não apenas desejáveis, mas essenciais na Grã-Bretanha. Vital na vida de todas as camadas da população britânica, o aparelho de chá é composto de três peças de cerâmica avermelhada: um pequeno bule de cerca de 14cm de altura e dotado de um bico curto e reto, um açucareiro e uma leiteira”, peças que invadiram o mundo, seja para o ritual da bebida ou apenas como enfeite.

Vaso de guerreiro mochica, vaso de argila do Peru 100-700 d.C.
Editora Intrínseca/Reprodução
“No Peru, um povo bastante esquecido deixou para a história não apenas um rosto, como o elmo de Sutton Hoo, mas o retrato tridimensional de corpo inteiro de um guerreiro. Há cerca de dois mil anos, o povo mochica construiu uma sociedade que incorporou provavelmente a primeira estrutura imobiliária em toda a América do Sul. Os mochicas não deixaram nenhuma escrita, o que temos são seus vasos. Além de usar esses vasos para obter informações sobre a sociedade que representam, podemos, é claro, admirá-los simplesmente como grandes obras de arte. Os mochicas eram mestres ceramistas. As peças, de tão lindamente modeladas, parecem que eram polidas.” Quem não tem uma peça de cerâmica em casa?

Vaso jomon, vaso de barro encontrado no Japão 500 a.C.
Editora Intrínseca/Reprodução
“Há vasos pelo mundo inteiro e em museus do mundo inteiro. Eles são parte essencial de qualquer acervo de museu, pois a história humana talvez esteja contada e escrita mais em vasos do que em qualquer outro objeto. Os primeiros vasos do mundo foram feitos no Japão. Este em particular, fabricado há quase 10 mil anos, é muito sem graça à primeira vista. É um simples vaso redondo, igual na forma e no tamanho a um desses baldes com que as crianças brincam na praia. É feito de um barro marrom-esverdeado e tem em torno de 15cm de altura. Olhando de perto, percebe-se que é feito com espirais de barro, no qual foram pressionadas fibras do lado externo, de modo que quem o segura tem a sensação de segurar um cesto. Este pequeno vaso parece um cesto de barro e tem a consistência de um. As marcas de cesto nessa e em outras peças de cerâmica japonesa do mesmo período apresentam um design-padrão de corda. A palavra japonesa “jomon” significa corda. A decoração do jomon vinha do que eles viam ao redor da natureza: árvores, plantas, conchas, ossos de animais e havia uma incrível variedade de formas de torcer a corda. Eles adoravam esse jogo estético. Hoje em dia, os vasos jomon servem como embaixadores culturais do Japão em grandes exposições mundo afora. E o mais extraordinário a seu respeito é que a parte interna do vaso jomon é folheada a ouro.”

Estatueta dos amantes de Ain Sakhri, escultura de pedra encontrada em Wadi Khareitoun Judeia, perto de Belém 9000 a.C.
Editora Intrínseca/Reprodução

“Na sala dos manuscritos do British Museum, a maioria das pessoas passa direto pela vitrine que contém a escultura dos amantes. Talvez seja porque, de longe, não parece grande coisa; é uma pedra pequena, de cor meio apagada, cinzenta, do tamanho de uma mão fechada. Mas de perto se vê um casal sentado, braços e pernas em torno um do outro no abraço mais apertado. Não há feições faciais claras, mas é possível dizer que um olha nos olhos do outro. Com a vida mais estabilizada, nossos ancestrais tiveram tempo para refletir e criar. Produziam imagens que mostram e celebram os principais elementos de seu universo em transformação: alimento e poder, sexo e amor. O que há de incrível nesta escultura é que, quando a mudamos de lugar e examinamos de vários ângulos, ela se altera por completo.” Esculturas, estatuetas, famosas ou não, causam impacto em qualquer decoração. Seja com formas naturais ou abstratas, elas se encaixam em qualquer ambiente.

Tags: decoração

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Marcos - 23 de Outubro às 18:06
bolhaimobiliaria.

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