Mercado imobiliário está aquecido

A boa fase do mercado imobiliário, que tem se consolidando desde 2004 e teve seu ápice em 2010, proporcionou aos investidores uma valorização superior aos demais investimentos. Por isso, quem optou por empregar suas economias em imóveis nos últimos anos agora está comemorando e lucrando. Afinal, os rendimentos ultrapassam os índices da bolsa de valores e investimentos mais conservadores do mercado.

Essa afirmação pode ser confirmada pelo estudo realizado pela Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi-MG). De acordo com o presidente da instituição e vice-presidente da Rede Netimóveis, Ariano Cavalcanti de Paula, foi apurado que um imóvel no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul da capital, com 95 metros quadrados, três quartos e duas vagas de garagem, valorizou, em média, 89,66%. Em junho de 2006, o apartamento foi avaliado em R$ 290 mil. No mesmo mês de 2011, havia atingido o valor de R$ 550 mil.

Na Conartes Engenharia, por exemplo, que atua no mercado de alto luxo da Região Metropolitana de Belo Horizonte e São Paulo, cerca de 50% de suas unidades são vendidas no lançamento e 95% comercializadas ainda na planta. De acordo com o diretor-presidente da construtora, José Francisco Cançado, “o estudo comprova que o preço dos imóveis não está alto, se comparado a outros países.” Ele se baseou no estudo realizado pela Global Property Guide e divulgado este ano. No levantamento, o Brasil ficou na 65ª posição em um ranking de 94 países que tiveram o preço por metro quadrado avaliado. O valor médio nacional é de US$ 2.616.

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Para o empresário, o aumento dos preços por metro quadrado nos últimos anos deve-se à demanda aquecida, potencializada pela ampliação de crédito, economia forte, aumento de renda da população, déficit habitacional, entre outros. “Tudo isso tende a continuar e comentários de que os preços estão altos são totalmente especulativos”, frisa Cançado.

ESCOLHA ACERTADA

Mas não é isso o que pensa a contadora Adriana Scheidegger Figueiredo Nogueira, que há cinco anos comprou um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal no Bairro Serrano, Região Noroeste de Belo Horizonte. “Os valores estão altos porque há uma supervalorização dos imóveis em decorrência de um superaquecimento desse mercado”, rebate.

Por isso, a contadora acredita que investir em imóveis é um bom negócio. “O mercado está aquecido e os valores estão subindo em um curto prazo de tempo”, analisa. No caso dela, especificamente, a escolha foi acertada, já que o preço do imóvel estava abaixo do de mercado. “Tinha me casado e tanto o valor do imóvel quanto o da prestação, além do prazo de pagamento, estavam ótimos. Como financiei o apartamento em 15 anos, a parcela é baixa”, comemora Adriana.