Crédito imobiliário

Redução dos juros chega ao crédito imobiliário

Caixa Econômica Federal deve promover corte de 0,5 ponto nas taxas cobradas nas linhas de financiamento de imóveis. Queda já vale nos feirões que começam semana que vem

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postado em 25/04/2012 08:52
Ana D'angelo

Brasília - Depois de cortar os juros cobrados nos empréstimos pessoais, cartão de crédito, cheque especial e nos financiamentos de bens em geral, a Caixa Econômica Federal anunciou que vai baixar também as taxas dos financiamentos habitacionais. A queda deverá ser de pelo menos 0,5 ponto percentual, o que nessa linha de crédito significa economia expressiva, pois os valores financiados são mais altos. Hoje, a Caixa cobra juros de 5% a 8,16% ao ano nas linhas com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, para famílias com renda até R$ 5,4 mil, e entre 8,56% e 10,5% ao ano para imóveis para a classe média, com recursos da caderneta de poupança. O índice de atualização do saldo devedor é a Taxa Referencial de Juros (TR).

O presidente do banco, Jorge Hereda, anunciará hoje as novas taxas, que passarão a valer a partir do dia 4 de maio, quando começa o Feirão de Imóveis promovido pela instituição. A Caixa não adiantou se as novas taxas serão válidas somente para os novos contratos ou se beneficiarão também os contratos em andamento. Como são financiamentos de longo prazo, de 20 e 30 anos, o mutuário que já paga as prestações poderá pleitear na Justiça a mesma condição oferecida aos novos financiamentos. Uma redução de 0,5 ponto percentual ao ano representa economia de R$ 20 por mês ou R$ 240 por ano no caso de um saldo devedor de R$ 50 mil. Se o débito for de R$ 150 mil, a prestação fica R$ 60 mais baixa, cerca de R$ 720 a menos em um ano.

Na página da Caixa na internet, o simulador de financiamento faz os cálculos das prestações para quem ganha até R$ 5,4 mil estabelecendo juros nominais entre 4,5% e 7,66% ao ano para a Carta de Crédito FGTS. Em outra parte do site, ao dar as condições gerais do financiamento, o banco informa que os juros nominais são entre 5% e 8,16%. Questionada sobre essas taxas que constam no simulador do site, a assessoria de imprensa garantiu que ainda não houve a redução e que o sistema ainda não está atualizado. Mas não soube explicar a divergência entre os percentuais.

Já no caso do crédito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), para renda acima de R$ 5,4 mil e imóvel de até R$ 500 mil, tanto o simulador como as condições gerais do financiamento informam que a taxa nominal é atualmente de 8,56% ao ano para quem opta em manter na Caixa conta com cheque especial, cartão de crédito e débito automático da prestação. Para os demais, os juros são de 9,6% anuais. No caso de imóveis acima de R$ 500 mil, esses juros são de 10,02% a 10,5% ao ano.

Mais cortes

Além dos feirões, haverá também um grande feirão para pessoas renegociarem dívidas de todos os tipos, e não apenas da casa própria, disse ontem o presidente da Caixa, depois de cerimônia no Palácio no Planalto. “Não posso dizer nada hoje (ontem), mas vamos ter novidades com relação a juros também”, disse Hereda. Também hoje, o banco deve anunciar redução das taxas no programa Minha casa, minha vida e nos financiamentos para compra de móveis e eletrodomésticos para os clientes do plano de moradia popular.

Em relação ao crescimento da inadimplência, Hereda disse que a Caixa acompanha os dados quase que diariamente. “Mais do que isso, acompanha os atrasos em pagamento”, reforçou. Os atrasos são classificados como o não pagamento em dia. O conceito de inadimplência é quando esse atraso já perdura por mais de 90 dias. “A gente não tem aumento de inadimplência significativo que impeça de tomar alguma atitude”, argumentou o presidente. Ele disse que as ofertas feitas pela Caixa estão sobre uma “linha segura”. “Buscamos aumentar nossa base, trazer a maior quantidade de clientes e a concorrência é uma coisa saudável”.

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evandro - 25 de Abril às 09:52
Nao caiam nessa. Os juros ainda cobrados pelos bancos sao ABUSIVOS. CEF e Banco do Brasil, deverian ter juros bem melhores. UMA VERGONHA

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