Insetos indesejáveis

Fique de olho nos cupins e evite problemas com infestações em casa

Com força devastadora, praga invade as residências, especialmente nesta época de clima quente e chuvas rápidas, e se escondem principalmente em móveis

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

- AMIGO + AMIGOS
Preencha todos os campos.
postado em 05/03/2015 12:18 / atualizado em 05/03/2015 13:40 Ludymilla Sá /Estado de Minas
Além de destruir mobiliário, insetos acabam com pisos e portas de madeira - Beto Novaes/EM/D.A Press. Além de destruir mobiliário, insetos acabam com pisos e portas de madeira
Quando comprou sua casa na região Noroeste de Belo Horizonte, a dona de casa Rosana da Silva não imaginava a dor de cabeça que teria. Mesmo depois de ter reformado todo o imóvel, ela não escapou do prejuízo causado por uma infestação de cupins. O problema custou à aposentada dois armários novos mais despesas com acompanhamento mensal de um especialista em controle de pragas. “Tivemos de refazer os móveis e rebocar e pintar a parede antes. Ficamos seis meses sem lugar para guardar as roupas”, contou.

O aborrecimento de Rosana é comum à maioria das pessoas. Especialmente nesta época do ano, de clima quente e chuvas rápidas, que colabora para o aparecimento dos indesejáveis insetos. Bichinhos aparentemente inofensivos, os cupins têm uma força devastadora. Conhecidos popularmente por aleluia, eles invadem as residências e se transformam num enxame em torno das lâmpadas. Quando perdem as asas, escondem-se nos móveis e, em poucos meses, destroem mobiliário, pisos e portas de madeira.

Há quem diga que o aparecimento do bicho anuncia a chegada da chuva, mas o que ele busca, na realidade, é formar uma colônia. “Isso ocorre porque os insetos com asas são cupins machos e fêmeas férteis que voam com o único objetivo de encontrar um par para acasalamento, e buscam nas residências um local para formar o ninho”, explica a bióloga Daniela Fernanda dos Santos, da By Control Soluções em Controle de Pragas.

O cupim pode sobreviver até 30 anos e reproduzir de 30 mil a 80 mil ovos por dia. As espécies mais comuns no meio urbano, de acordo com a bióloga, são o cupim subterrâneo (Coptotermes gestroi), o de madeira seca (Cryptotermes brevis) e o arbóreo (Nasutitermes).

Dos três, o subterrâneo é o mais devastador. Ele tem potencial para causar prejuízos maiores ao patrimônio, como desabamento de tetos com forros de madeira, danificação de livros e de obras de artes em pintura, árvores e ainda pode causar incêndios. A espécie infesta também os pontos de fios de luz e dutos elétricos.

Uma medida preventiva contra esses insetos é o uso de telas em portas e janelas. Mantê-las fechadas durante o período de infestação também é um paliativo. A revoada de cupim dá-se no início da noite, quando as luzes das casas começam a ser acesas. É que os bichinhos são atraídos pelas luzes ultravioletas – onda de luz emitida pelas lâmpadas – e invadem os lares em bando.

CONTROLE

Reprodução/Internet/doutorcupim.com
Quando já há uma infestação, no entanto, um especialista deve ser acionado. De acordo com Daniela dos Santos, toda a estratégia de controle dos cupins e combate da praga parte, inicialmente, da identificação da espécie ocorrente. “Nesses casos, são indicados tratamentos químicos convencionais ou com sistemas de iscas. Quando o problema for em um apartamento, é bom avisar a vizinhança para que fique alerta. Infelizmente, cupins não estragam apenas móveis e portas, eles podem destruir bem mais que isso.”

Apagar as luzes e deixar apenas um ponto iluminado também pode ajudar na remoção e na identificação da espécie por um especialista, segundo a bióloga. Ela sugere, ainda, estar atento à origem da revoada. “Estar atento aonde vem uma revoada pode ajudar a identificar o local da origem dos insetos. Quando ocorre no interior do ambiente, é preciso ficar em alerta aos indícios de proliferação.”

A bióloga afirma que existe no mercado, há seis anos, um sistema americano de iscas, capaz de aniquilar a praga e prevenir futuras proliferações. “É aplicado um inibidor do crescimento do cupim. Ou seja, ele age no ciclo biológico, inibindo a formação da pele e impedindo o seu crescimento”, explica.

O sistema, no entanto, não é barato. Para uma casa de três ou quatro quartos, por exemplo, o tratamento custaria, em média, R$ 4 mil. No caso de o problema ter sido detectado em um apartamento, o sistema teria de ser aplicado em todo o prédio. Se for um de quatro andares, o orçamento ficaria em torno de R$ 20 mil. Por isso, a prevenção é tão importante. Para o bolso, especialmente.

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press-19/10/06
Comentários Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
600

Últimas Notícias

ver todas
07 de julho de 2023
05 de julho de 2023