"Usar um produto sustentável não implica necessariamente elevação de custos de um projetoAlém disso, optar por uma decoração sustentável é uma contribuição para a preservação do planeta, que pode levar ainda a uma economia com gastos de operação e manutenção do ambienteUma iluminação eficiente, com leds complementando a luz natural, por exemplo, permite uma racionalidade no gasto de energia e a redução de custos no médio prazo, já que esse tipo de lâmpada, mais cara, consome menos energia e tem uma vida útil muito maior que as lâmpadas convencionais", defende
Outro exemplo em que um investimento inicial mais alto representa uma economia significativa no futuro é a substituição da madeira pelo ecoblock um material feito de refugos de produtos industrializados, como pneus e fraldas descartáveis, mas com aparência similar ao produto natural"Usar o ecoblock para fazer um deck de piscina é uma escolha inteligenteO produto, além de ser ecologicamente correto, é mais resistente e requer menos manutenção do que a madeira, que precisa ser tratada, no mínimo, anualmente, para manter a integridade da estrutura", compara
Junior destaca que os produtos sustentáveis disponíveis hoje no mercado brasileiro possibilitam a criação de projetos de decoração em vários estilos"Antes só era possível criar ambientes mais rústicos, com uma identidade artesanalAgora, a indústria já oferece produtos e materiais que favorecem o desenvolvimento de projetos sofisticados, como é o caso das placas cimentícias da Solarium, que substituem com perfeição os pisos de pedras naturais e as cerâmicas", garante o arquiteto ao informar que o produto tem processo de produção de baixo impacto ambiental, porque dispensa o uso de fornos para a secagem
Mas, para que o investimento feito em um projeto de decoração sustentável produza os efeitos desejados, considera o arquiteto Sérgio Viana, a consulta a um especialista é fundamental"É importante saber o que usar, onde usar e como usar", observaEm linha de raciocínio semelhante, a designer Valéria Alves lembra que na compra de madeira reflorestada, por exemplo, é preciso se informar sobre a procedência do produto"O ideal é exigir do vendedor a certificação do produtoUm selo que garante que a madeira vem mesmo de mata de reflorestamento e não de uma extração ilegal", ensina
Já Sérgio Viana adverte que produtos feitos a partir de fibras naturais não devem ser usados em áreas externas, porque não apresentam boa resistência à ação do sol e das chuvasO arquiteto assinala ainda que é necessário conhecer a forma correta de aplicação de cada produto, para que o trabalho tenha bons resultados e mantenha o caráter sustentável do projeto"De nada adianta comprar um item ecologicamente correto, com certificado de origem e produzido com mínimo impacto ambiental, e instalá-lo com uma cola tóxicaA sustentabilidade deve estar presente em todas as etapas do trabalho projeto, materiais e execução", sustenta