Mostrando mais uma vez que moda e arquitetura caminham juntas, a tendência fashion hi-lo chega aos ambientes brasileiros. A regra é misturar elementos caros, de designers famosos, materiais valiosos ou clássicos da decoração a objetos baratos achados em brechós, construídos com qualquer matéria-prima que não custe muito.
"O hi-lo é desprovido de preconceito. Você pode combinar todo tipo de estilo, forma, cor ou material. A única exigência é que o ambiente mostre harmonia e equilíbrio. No mais, você cria, inventa e dá seu toque pessoal", diz a professora de arquitetura Nida Chalegre. E não é só nos móveis que se pode trabalhar a tendência, mas também no uso dos materiais de revestimento, como mármore e laminado. O resultado é um estilo original e único.
O melhor de dois mundos
A designer de interiores Ângela Borsoi, em colaboração com a arquiteta Mariana Borsoi, foi a responsável por atualizar esta residência, projeto modernista de Luiz Figueira Lima assinado em 1971. A decoração utiliza elementos hi-lo ao mesmo tempo em que valoriza a identidade arquitetônica da construção.
Na sala de jantar, o novo nicho criado na reforma contém vasos de cristal ao lado de carrancas entalhadas em madeira de coco, valorizadas por suportes metálicos.
A mesa clean de aço inox e cristal negro é acompanhada de cadeiras rústicas de fibra da Saccaro e de réplicas da cadeira Phanton, clássico dos anos 50, reeditadas em plástico.
No living, há um cusquenho (pintura oriunda de países andinos) original sobre o sofá, com moldura dourada, móveis clássicos de design assinados, como a poltrona Bertoia, e uma escultura encontrada numa feira de artesanato.
O espaço familiar integra a área de lazer à piscina. Seu trunfo são os móveis despojados contrastando com o luxo das cadeiras Philippe Starck. Há ainda uma rústica mesa de madeira, comprada em uma feira no interior de Minas.