Decoração com consultoria permite testar antes de comprar

Contratação do serviço de profissionais especializados nas lojas permite até mesmo que os clientes fiquem com os objetos de forma consignada, para aprovar ou não sua aquisição

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postado em 05/09/2010 20:33 Júnia Leticia /Estado de Minas
Maria Angélica, da Volendam, dá a dica para economizar: “Alguns móveis podem ser reciclados, mudando tecido, cores e até forma” - Eduardo Almeida / RA Studio Maria Angélica, da Volendam, dá a dica para economizar: “Alguns móveis podem ser reciclados, mudando tecido, cores e até forma”
5 de setembro de 2010 - A flexibilidade para decorar com ajuda de consultoria especializada é tanta que, além de poder escolher deixar o trabalho inteiro por conta dos profissionais da loja ou levar alguns objetos para ajudar na decoração, em alguns casos, a loja fornece objetos que ficam em consignação para o comprador aprovar ou não a permanência do item. “Isso já é feito com adornos e peças avulsas”, diz a gerente comercial das lojas Abeto e Grifo Móveis, Renata Pimenta.

A dona da Volendam, Maria Angélica Pereira, conta que esse tipo de serviço já é praticado há bastante tempo em Belo Horizonte. “Uma decoradora vai à loja escolher os objetos de um projeto, estes vão ser entregues no local determinado por um período que varia de quatro a oito dias para aprovação. É feito um cadastro do cliente ou da decoradora, que fica arquivado na loja, sempre com a assinatura do responsável pelo recebimento dos objetos.”
Mas não são todas as lojas que disponibilizam esse serviço. Para a gerente comercial da Lider Interiores, Flávia Oliveira, a consignação não é viável. “Em primeiro lugar porque as empresas que trabalham com este sistema revendem e disponibilizam os produtos em estoque. A Lider, como fábrica, só trabalha com produtos sob encomenda”, explica. Além disso, ela diz que, como a empresa tem muitos pontos de vendas teria de ter uma logística muito afinada para atender esta demanda. “Iria aumentar o custo operacional”, conclui.

Para quem pensa que esse tipo de consultoria é privilégio para poucos, engana-se. Geralmente, as lojas não cobram para orientar o cliente na escolha dos móveis e peças mais adequadas às suas necessidades. “Dentro de nossa empresa, o projeto não tem custo, mas fica retido na empresa até o fechamento, e o cliente tem possibilidade de visualizá-lo sempre que quiser”, diz Renata Pimenta.

Outra loja que não cobra para fazer o projeto é a Lider Interiores. As únicas condições exigidas pela empresa, de acordo com a gerente comercial Flávia Oliveira, são que o cliente busque e leve o profissional até a loja. “Além disso, o projeto só é entregue mediante a compra”, acrescenta.
O que vai definir o valor do projeto, conforme Maria Angélica Pereira, da Volendam, é o tamanho do ambiente, que varia dependendo da escolha do cliente: um espaço com móveis e objetos ou apenas objetos. “O projeto tem um preço por ambiente. Para uma sala de cerca de 24 metros quadrados, o trabalho inicial é o do projeto arquitetônico. Quando realizado com um bom profissional, deve-se pagar a partir de R$ 1,2 mil.”

Após definição do projeto, é hora de sair em busca dos móveis e demais adornos. “Supondo que essa sala vá ser composta por dois sofás, duas cadeiras, uma mesa de canto e um painel com tevê, o valor deve ficar a partir de R$ 15 mil”, informa Maria Angélica Pereira. Segundo ela, no total, o projeto completo, com toda a assessoria e sala entregue, com os móveis e adornos em seus lugares, sairá a partir de R$ 16,2 mil.

ECONOMIA Para quem quer fazer esse tipo de trabalho a baixo custo, a dica é escolher bem a loja e o profissional. “Alguns móveis podem ser reciclados, mudando tecido, cores e até forma. Um sofá que inicialmente tem um formato redondo, por exemplo, pode ganhar formas mais modernas e ficar com linhas mais retas”, comenta Maria Angélica.

O projeto, em si, já é uma alternativa para gastar menos, já que, quando bem elaborado, evita a compra desnecessária de peças e adornos. “Com esse modelo, será comprado apenas o necessário, sem correr o risco de adquirir itens que, na prática, ficarão grandes ou desconectados com o restante da decoração, exigindo nova compra”, diz a gerente comercial das lojas Abeto e Grifo Móveis, Renata Pimenta.

Ela aponta, ainda, que é possível desenvolver um projeto de acordo com uma ordem de grandeza. “Ou seja, dentro da entrevista inicial, o cliente pode determinar uma faixa de valor que pretende gastar e nós trabalharemos na escolha dos produtos e desenvolvimento do projeto a partir disso.”

SAIBA MAIS
Confira como é feita a assessoria especializada de decoração

- Ao chegar à loja, o cliente informa se está mudando, reformando ou trocando os móveis

- A partir daí, o vendedor faz um levantamento prévio, baseado em perguntas de como é a casa, número de moradores, além de aspectos específicos, como se há algum móvel ou objeto de que ele não abre mão de ter na decoração e qual estilo de decoração prefere

- Dentro das necessidades levantadas, são mostrados os
produtos que se encaixam ao perfil do cliente, de acordo com
a entrevista preliminar

- O próximo passo é perguntar se ele já está sendo acompanhado por algum outro profissional da área ou se já tem projeto

- Caso tenha a planta, o vendedor pede que o cliente deixe as medidas e marca até dois dias para a apresentação do projeto

- Se ele preferir a visita no local, porque quer mostrar os elementos arquitetônicos, é agendado um horário para o encontro

- Durante a visita, o profissional faz o levantamento das medidas
e busca um pouco mais de informações do cliente para que
possa acertar o máximo possível na solução a ser apresentada

- Até dois dias úteis após a visita, a loja entra em contato com
o cliente para o agendamento da apresentação do projeto.
Ajustes são feitos quantas vezes forem necessárias

- O vendedor acompanha a apresentação para assessorar no que for necessário e, depois, para fazer orçamento do que foi mostrado

- Orçamento aprovado, é feita a negociação e o pedido efetivado
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