"Os tecidos estão em alta no design de ambientes. Há algum tempo, o que era usado basicamente em cortinas, almofadas e produtos de cama, mesa e banho, era o que estava disponível. O setor agora acertou, e já existem no mercado produtos desenvolvidos a partir de tecidos anteriormente exclusivos da moda, incorporando as tendências, como é o caso das sedas e shantungs, o couro, o linho e o algodão, entre tantos outros", explica o designer de ambientes Carlos Henrique Loyo.
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Com a modernização dos produtos para decoração, também os tecidos se sofisticaram, e muitos evoluíram tecnologicamente com o objetivo de se adaptar aos novos usos e resistir ao cotidiano e às intempéries - como as freqüentes exposições ao sol nas áreas externas, e à água, sob espreguiçadeiras em decks de piscina, continua o designer.
"A tendência de tecidos e revestimentos mais artesanais, como os crochês, pontos de tricô e bordados são uma vertente positiva quando o assunto é arte decorativa. Esse tipo de trabalho, por ser muito específico, confere ao projeto uma exclusividade surpreendente, já que normalmente sua confecção depende de profissionais especializados. Dentre os produtos naturais, a seda, o veludo bambu (um produto belíssimo com brilho singular), o algodão e a camurça são usados em grande escala nas mais variadas cores e texturas", salienta Carlos Loyo.
SUSTENTABILIDADE
Atualmente existe ainda a linha de produção dos tecidos eco-sustentáveis, que são reaproveitados, dentre os quais o designer cita os desenvolvidos a partir de lonas de caminhão como exemplo que une inúmeras possibilidades em cores e texturas. Outra grande novidade no mundo dos tecidos e estamparias são os materiais digitais. "Existe, por exemplo, um pantone com 128 cores que pode ser desenvolvido em vários fundos de tecidos (gorgorão, voil, seda, entre outros). Essa linha de produtos permite inclusive que o cliente traga a imagem que quiser para ser impressa em suas almofadas, cortinas e estofados, tudo nas cores que achar mais interessante", dá a dica o designer.
Na loja Amém Casa, a linha de trabalho com tecidos para decoração compreende mais de 40 marcas nacionais, importadas e trabalhos exclusivos do Brasil, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, EUA, entre vários lugares
Carlos Loyo concorda que a escolha assertiva dos produtos certos depende muito de uma boa análise do uso, da demanda e do perfil de cada um. Os tramados e linhos são tecidos mais recomendados para um uso ameno, enquanto o neopreme (usado em macacões que conferem impermeabilidade durante as práticas de mergulho), as lonas e os mais rústicos são muito indicados para locais de utilização constante, por não aparentarem tanta sujeira, além de serem muito confortáveis, exemplifica. "O que revoluciona um bom projeto de decoração de interiores é, sem dúvida, a capacidade de misturar estampas e diferentes tecidos num contexto único. A sensação de que usar tudo igual, discreto ou branco é mais difícil de errar é uma mentira. Esse tipo de referência pode deixar o projeto sem vigor e não imprimir a personalidade dos clientes e usuários no ambiente", completa.