Criar ambientes multifuncionais tem sido o desafio de arquitetos e decoradores

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postado em 16/04/2011 14:24 / atualizado em 17/04/2011 12:18 Júnia Leticia /Estado de Minas


Todo projeto tem de começar considerando a função do espaço a ser projetado. Até mesmo ambientes com destinação aparentemente simples podem apresentar um complexo jogo de problemas ao profissional que vai executar o projeto. Ainda mais nos dias de hoje, em que a integração dos espaços – cada vez mais reduzidos – é algo comum. Com isso, a antiga copa cedeu lugar às salas de estar, que também têm a função de ambiente destinado às refeições. O quarto muitas vezes divide espaço com itens que antes eram restritos a escritórios ou ao lazer, como TV e aparelho de som. Aí, o desafio é fazer com que todas essas informações se ajustem aos limites de espaço do imóvel e orçamento do morador.

Arquiteta e urbanista, especialista em gestão de projetos, Marina Dolabella Dubal diz que antes de começar a fazer o trabalho deve-se verificar com o morador quais funções terá o ambiente. “A partir disso, o profissional deve estudar quais os fluxos que irão permear o espaço, definindo áreas de circulação, estar, lazer, estudo, entre outras, atentando sempre para os espaços livres, que também são essenciais”, diz Marina, sócia da DAD – Dubal Arquitetura e Design.

Além do espaço de trabalho, Raquel Nogueira, arquiteta da Lider Interiores, diz que se deve levar em consideração, obviamente, os custos. “Entretanto, o quesito mais importante ao elaborar um projeto é o desejo do cliente e o entendimento do cotidiano da família. O projeto deve atender, de forma prática e confortável, a real necessidade deles”, fala.

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Como as áreas sociais da casa são os locais mais frequentados por seus moradores, essa avaliação deve ser precisa, como ressalta a arquiteta. Feito isso, o maior desafio é conseguir tornar um pequeno espaço em um local de múltiplas funções. “Onde há conforto e leveza. Atualmente, o que os clientes mais solicitam são ambientes multifuncionais bonitos, limpos e com circulações confortáveis”, explica Raquel Nogueira.

Apesar dos inúmeros desafios, principalmente considerando que em uma família cada um tem uma necessidade diferente, a arquiteta Marina Dubal acredita que os projetos multifuncionais permitem certa liberdade de apropriação por parte dos moradores. “Um simples pufe, usado como apoio para descansar as pernas ao lado do sofá, pode servir de mesinha de apoio em uma festa para o aperitivo, ou ainda de assento informal em momentos de descontração.”

Por isso, ela diz que é necessária muita atenção quando da elaboração do projeto e na aquisição dos móveis. “Divisória de correr, cozinhas integradas e varandas são detalhes que ampliam as possibilidades para quem habita o espaço e permite usos variados”, aponta Marina.
Utilizando soluções como essas é possível fazer com que um móvel abrigue, por exemplo, uma mesa, como explica a arquiteta Flávia Soares. “Você abre a porta do armário, abaixa o tampo e logo uma mesa é formada. Mas, na maioria das vezes, o maior desafio ao projetar esses espaços é fazer com que o cliente entenda que o ambiente é mesmo pequeno e que ele precisa ser interativo (multiuso)”, revela a arquiteta.

A arquiteta e urbanista Marina Dolabella Dubal diz que é importante estudar as dimensões entre os móveis para garantir áreas de circulação - Eduardo Almeida/RA Studio A arquiteta e urbanista Marina Dolabella Dubal diz que é importante estudar as dimensões entre os móveis para garantir áreas de circulação
INTEGRAR

Outro recurso que produz grandes efeitos, apesar de ser mais trabalhoso, é a integração dos ambientes com a remoção das paredes, apontado como grande tendência por Flávia. “Amplia o espaço e facilita na multifuncionalidade”, justifica. Marina Dubal concorda com a profissional. “Muitos apartamentos ganham mais qualidade, iluminação e ventilação cruzada com a retirada de uma parede ou somente parte dela.”
No entanto, para quem quer soluções mais baratas, funcionais e práticas, a sugestão de Raquel Nogueira é investir em móveis versáteis. “É normal encontrar no mercado opções com dupla função, como um rack que se torna escrivaninha ou mesas de jantar que tenham gavetas. Esses móveis facilitam bastante o leiaute das salas”, diz a arquiteta.

Tags: decoração

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