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postado em 30/05/2011 10:36 Júnia Leticia /Estado de Minas
Gisleine Lopes alia experiência, intuição e criatividade para sugerir projetos aos clientes  - Eduardo Almeida/RA Studio Gisleine Lopes alia experiência, intuição e criatividade para sugerir projetos aos clientes

Para promover essa adequação entre o trabalho do profissional e o desejo do cliente de personalizar seu espaço, arquitetos e designers lançam mão de seu talento, aliado à sua percepção de mundo. “Alio experiência, intuição e criatividade. É a bagagem cultural que adquiri ao longo dos anos”, conta Gisleine Lopes.

Segundo a arquiteta, a reunião desses elementos agrega valores no desenvolvimento do projeto. “Tenho facilidade de aliá-los e as coisas brotam, acontecem. Aí consigo lembrar e, criando, consigo rever o que tenho na cabeça há anos. Essa soma vira um conjunto que resulta no que realmente era preciso.”

O arquiteto David Guerra se inspira na história e nos anseios de seus clientes que, juntamente com sua capacidade de observar o mundo, resultam na tradução de ideias de forma diferente. “Em todo setor vem aquela questão de que trabalhamos para o outro. Tudo o que ocorre é o estudo do comportamento que você tem que entender.”

A análise do cotidiano a partir de uma visão própria, que recorre muitas vezes a ver o belo em elementos que passam despercebidos por muitos, é o grande trunfo desses profissionais. E aí valem alguns questionamentos. “Por que é bacana uma pessoa ficar lendo embaixo de uma árvore? É observar o mundo como ele se comporta”, ilustra David Guerra.

Até mesmo as manifestações urbanas servem de inspiração para olhos acostumados a ver além do caos urbano, como demonstra David Guerra. “De repente, você está em uma rodoviária e, ao atravessar a ponte, vê uma cobertura de zinco com pichações. Aí, antena para um apartamento super cool e traz elementos para adicionar à história do cliente.”

Mostras A abertura para que arquitetos e designers pudessem mostrar a importância de seu trabalho na vida das pessoas teve início a partir de mostras realizadas em Minas Gerais. Uma delas é a Casa Cor, que fez sua estreia no estado há 16 anos. “As pessoas passaram a ver que podiam ter algo mais agradável, com a sua cara, ambientes acolhedores e mais confortáveis”, diz David Guerra.

Pedro Lázaro também aponta a Casa Cor como um marco para o que ele chama de cultura da democratização do design. “Há vários arquitetos mineiros de grande repercussão e o evento mostrou para o Brasil o quanto os profissionais são bacanas. Hoje, já existem pessoas que compreendem o valor do design, do pensamento em cima do projeto.”

Segundo ele, quando iniciou sua carreira, há 16 anos, essa valorização já existia, mas hoje é muito maior. “As pessoas compreendem que o pensamento de um móvel, de um ambiente, dá trabalho, custa dinheiro e estão mais dispostas a pagar por isso”, avalia Pedro Lázaro.

Por isso, o arquiteto incentiva a participação dos profissionais em concursos e mostras relacionados à área. “A Casa Cláudia é muito abrangente, uma revista nacional, e ser reconhecido é uma forma de mídia muito grande, ainda mais porque a editora tem uma idoneidade muito grande”, opina Pedro Lázaro.

Tags: design

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