Uma vez consolidada a mentalidade de que a arquitetura e o design são recursos a serem utilizados para promover o bem-estar e que estão cada vez mais acessíveis, o próximo passo é fugir da padronização. Apesar de existirem tendências, é necessário que os consumidores expressem quem realmente são para que a casa tenha a sua cara.
Para isso, é preciso que as pessoas tenham coragem de assumir a própria personalidade, como aponta o arquiteto David Guerra. “Somos fruto de nosso comportamento. Se algo está existindo é porque a maior demanda é por aquilo. As pessoas são protagonistas de como a cidade vai se desenvolver. E é a diversidade que traz beleza ao mundo”, opina.
E isso vale até para o que é bom, segundo o arquiteto. Afinal, por melhor que seja um elemento ou a composição dele, a banalização faz com que perca sua beleza. “Se algo estiver em todos os lugares, às vezes vai ser tão massificada que se sacrifica o que é belo”, adverte David Guerra.
Mais do que a expressão do gosto pessoal, a diversidade possibilita uma percepção diferenciada do mundo, conforme David Guerra. “Tudo o que é monótono me dá um certo tédio. As pessoas têm de se esforçar para buscar o que realmente faz a diferença e se desligar das fórmulas. O ser humano é mais que uma tendência
E a aposta no sonho de ter uma casa com sua cara é proporcional à importância de se adquirir um imóvel. “Como a casa é o maior ou um dos maiores investimentos que uma pessoa faz ao longo da vida, para obter o resultado que se espera é preciso planejamento”, aponta David Guerra.
Mas isso sem esquecer a consciência ambiental, imprescindível nos dias de hoje. É a arquitetura sustentável, uma tendência na área. “Temos que tentar fazer projetos mais econômicos e melhor planejados, ecologicamente falando”, aponta Gisleine Lopes.
TECNOLOGIA
David Guerra concorda com Gisleine Lopes e acrescenta o maior uso da tecnologia nos projetos. “Daqui a um tempo tudo vai ser questionado a respeito da forma como foi feito e, quem não desenvolver algum trabalho de reciclagem e tiver selo verde, estará fora do sistema”, prevê.
E ao desenvolvimento da tecnologia tem de estar atrelada a sustentabilidade do ser humano, como verifica David Guerra. “O homem está cada vez mais percebendo que não é a natureza que tem de ser preservada, mas é ele mesmo”, ressalta o arquiteto.