Para aqueles que acham impossível organizar tantos elementos e ainda por cima dar ao espaço uma atmosfera limpa, ou seja, livre de fios e tomadas por todos os cantos, a arquiteta Flávia Soares lembra que a tecnologia já disponibiliza controles sem fios o que facilita e muito o planejamento do ambiente para jogos. Segundo ela, com os controles sem fios, o cantinho do videogame pode ficar junto ao local da TV e DVD. “Assim, cria-se um espaço vazio entre a cama e a televisão, onde as crianças podem sentar e jogar à vontade. Nesse ambiente há um conceito lúdico, um lugar de brincar”, explica.
Mas, para criar essa atmosfera especial para a diversão, que por vezes reúne pais e filhos, é preciso cuidado ainda na escolha dos revestimentos. Para isso, Flávia recomenda material de fácil limpeza. “Já que as crianças, ou mesmo os adultos apaixonados por games, adoram uma guloseima por perto”.
A designer de interiores Elaine Alvim destaca os revestimentos de paredes e piso de madeira, ou mesmo carpetes e tapetes, que favorecem a absorção acústica. Há, ainda, os pisos flutuantes, conforme explica a arquiteta Fernanda Coimbra. “Que são de ótima qualidade e práticos para instalação e limpeza”, observa.
Para completar a composição, é preciso ter cuidado com as cores usadas no game room. Como o local favorece a agitação das crianças, não é aconselhável o uso de cores muito vibrantes, como diz Fernanda. “Aposte mais em adesivos e plotagens. Adornos também vão dar um charme ao ambiente”, acrescenta.
Elaine acredita que o uso de cores e plotagens personaliza e um toque despojado ao espaço
No ambiente maior, também há a vantagem de os jogadores poderem usufruir da grande variedade de aparelhos tecnológicos disponíveis atualmente no mercado. “Uma TV 50 polegadas, por exemplo, necessita de um ambiente mais amplo devido à aproximação da tela, para não causar danos à visão”, diz a arquiteta Fernanda Coimbra.
Todos esses itens em um mesmo lugar possibilitam uma maior interação entre os amantes dos games de todas as idades. Mas reunir pessoas de gerações diferentes não implica adotar uma decoração específica a cada uma delas. “Acho que não há muita diferença em projetar um espaço para crianças e adultos. Pois, na minha opinião, o que os adultos mais gostam é de se sentir um pouco criança enquanto jogam”, diz Flávia.
A designer de interiores Elaine Alvim concorda que a base do projeto é a mesma para todos os usuários do espaço. Segundo ela, o importante é traçar o perfil de cada cliente e, a partir daí, criar um ambiente contemporâneo, funcional e alegre. “Mas existem variações dos equipamentos e jogos de acordo com a faixa etária
FANTASIA
Fernanda Coimbra é de opinião diferente. Para ela, as crianças gostam de usar suas fantasias, imaginar que estão no mesmo ambiente dos seus jogos. “Então, o espaço tem de ser mais lúdico, encantador. Os adolescentes são voltados mais para o esporte ou a música”, observa. Já os adultos amantes dos games preferem um espaço mais formal e que tenha mais de uma função. “Um ambiente onde os aparelhos não fiquem à mostra, podendo também ser usado para assistir à TV com os amigos”, diz Fernanda.
Para projetar esse espaço com ajuda profissional, será necessário desembolsar a partir de R$ 900, valor que depende do tamanho do ambiente. Mas, se o projeto tiver de incluir a compra dos aparelhos eletrônicos, o interessado terá de desembolsar muito mais que isso devido ao custo dos aparelhos de TV e dos videogames.