Consumidor deve atentar para escolha do tecido do sofá
Diversidade de material para estofamento e revestimento exige atenção redobrado do morador para evitar escolhas que não combinam com o tipo de uso que a peça terá dentro do imóvel
A designer de interiores Paulina Lage diz que uma aposta é buscar modelos confortáveis, com mais algodão na composição
Se não bastasse ter de escolher entre os diversos modelos de cadeiras, poltronas e sofás disponíveis no mercado – entre eles, chaises, divãs, recamiers e sofás retráteis –, é preciso optar pelo tecido a ser empregado no móvel. Os mais usados atualmente, são o linho puro e o sintético, chenille, couro ecológico, couro, sarja, algodão e seda. Mas essas são só algumas sugestões e é necessário ter cautela na hora de empregá-los no ambiente. “Em muitos casos, os tecidos são compostos por partes de fibras naturais e outras sintéticas. A escolha deverá se adequar ao uso de cada espaço”, acrescenta a arquiteta Estela Netto.
A arquiteta Renata Andrade aponta o uso da camurça, do veludo italiano, dos couríssimos e dos couros. “A procura é maior por tecidos que são mais fácies de manter e, com as novas tecnologias, os sintéticos aliam beleza e durabilidade”, explica, acrescentando que, independentemente da escolha, as cores neutras ainda são as mais usadas.
Para a designer de interiores Paulina Lage, a escolha do tecido está ligada ao ambiente onde o sofá está inserido. No estar social, por exemplo, ela diz que a melhor aposta é o que proporcione conforto, com mais algodão na composição, e que valorize o estofado. “Como chenilles e linhos”, exemplifica.
A sala de TV requer um material mais resistente e de fácil manutenção. Isso porque o espaço costuma ser mais frequentado, especialmente em casas que têm crianças. “Neste caso, a indicação são os couros naturais ou sintéticos. Já para varandas, os mais indicados são os tecidos sintéticos, que aguentam umidade e calor”, completa Paulina Lage.
Aliás, a manutenção é um capítulo à parte. Para melhor conservação do móvel, a indicação de Estela Netto é solicitar uma impermeabilização, caso o tecido escolhido possa passar pelo processo. “Depois, lavar a seco uma vez ao ano é sempre bom para manter o sofá novinho”, indica.
Mas há alguns modelos que permitem a limpeza pelo próprio morador, como é o caso dos feitos em fibra sintética e que têm estrutura metálica. “Os de madeira envernizada, também muito usados em área externa, precisam ser lixados e envernizados, aproximadamente, de dois em dois anos. Dependerá do uso”, diz Estela.
Medidas devem obedecer a critérios de equilíbrio conforme o tamanho do ambiente
Renata Andrade sugere, no geral, limpeza semanal com aspirador de pó ou escova de roupas macia, evitar sol constantemente e uma lavagem anual caso seja muito utilizado. “Hoje os tecidos aceitam bem a impermeabilização, que algumas empresas fazem à base de água. Isso protege o tecido e a espuma de eventuais acidentes com alimentos e bebidas.”
SOLUÇÕES
Além da preocupação de como será feita a manutenção, que, dependendo da escolha do tecido, pode representar mais ou menos gastos, para economizar, é preciso considerar entre as opções comprar pronto, sob medida e reforma. O primeiro caso é o preferido por Paulina Lage.
A possibilidade de experimentar o móvel e averiguar suas características físicas é uma das vantagens de adquirir o sofá já pronto, segundo a profissional. “Na loja você tem a oportunidade de sentar, testar o conforto, ergonomia, sentir o tecido e escolher o modelo”, diz a designer de interiores.
No caso de reformar, a medida só é vantajosa quando se trata de uma peça única, com boa estrutura e em ótimo estado de conservação, e não se está satisfeito com o revestimento. “Mas dependemos de um bom estofador e, às vezes, o preço cobrado não compensa. Já o sob medida tem a vantagem de ficar ideal para o espaço, mas corre o risco de servir só para aquele local e não poder ser aproveitado numa mudança”, completa Paulina Lage.
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