A arquiteta Renata Basques explica que não há uma regra quanto ao intervalo entre uma revitalização e outra. “Utiliza-se o bom senso quando o piso estiver muito arranhado, com o verniz estragado ou com os rejuntes prejudicados. Sendo correta, uma aplicação de verniz pode ser refeita em até 10 anos.”
Mas, como saber se já é hora de resgatar a beleza perdida do piso? Alguns aspectos no revestimento indicam o momento certo de se fazer a revitalização, conforme a arquiteta. “Ela deve ser feita quando as juntas do piso estão abertas, quando ele está gasto e quando há arranhões”, indica Iara.
Aí, não dá para fazer retoques somente em determinadas áreas, conforme Renata Basques. Mesmo que apenas uma pequena parte do piso esteja danificada. “Normalmente, quando temos que revitalizar uma área de piso devemos revitalizar todo o espaço onde ele está inserido, pois ficariam diferenças se a raspagem e a aplicação de verniz fosse pontual.”
Para reverter a perda de brilho, os arranhões, as trincas ou o descolamento de rejuntes, é preciso fazer alguns retoques. “Se a madeira estiver lascada ou riscada, o indicado é lixá-la e, em seguida, aplicar um verniz, que pode ser fosco, semifosco ou brilhante, que traz de volta a cor da madeira e o brilho. Prefiro o fosco porque o brilhante deixa em evidência as imperfeições do piso”, sugere Iara.
Mas se o caso é mais grave, com a necessidade de reposição de material – como nos tacos –, Iara diz que isso pode ser feito em madeireiras, mas é muito difícil encontrá-los. “Hoje, até o ipê é difícil de conseguir e é muito caro. Caso a pessoa consiga adquiri-lo, ela tem que polir o piso todo para que o taco novo se integre com o antigo.”
PAINEL Dependendo do caso, devido à dificuldade para repor o material, é melhor adotar uma saída menos trabalhosa
Outra alternativa apontada por Renata Basques é mandar fazê-lo artesanalmente, no caso de peças muito antigas. Já Roziane Faleiro sugere recorrer a uma empresa de demolição. “Ou procurar produtos à venda em residências antigas que estão sendo demolidas”, acrescenta a arquiteta.