Consumidores de várias classes sociais recorrem às peças sob medida

Eles estão em busca do conforto, funcionalidade e valorização dos imóveis. Profissionais ensinam a fazer o planejamento

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postado em 03/10/2011 13:51 Júnia Leticia /Estado de Minas
O diretor-administrativo e financeiro da Sava, Bruno Guerra, diz que a demanda por móveis feitos sob encomenda cresceu, principalmente entre profissionais da decoração - Eduardo Almeida/RA Studio O diretor-administrativo e financeiro da Sava, Bruno Guerra, diz que a demanda por móveis feitos sob encomenda cresceu, principalmente entre profissionais da decoração

Assim como há móveis para todos os gostos, há públicos para as diversas opções de produtos sob medida. Basta saber o que pretende para sua casa e procurar o profissional mais adequado para realizar seus desejos. Afinal, a redução nas dimensões da mobília se popularizou. Para a designer de ambientes Fernanda Berni, a demanda por esse serviço independe da classe social. Isso porque, nos diferentes tipos de realidades, há necessidades distintas. “Enquanto um cliente de classe social mais baixa recorre aos móveis sob medida para atender uma limitação de espaço, o mais rico encomenda uma cozinha planejada para receber seus eletrodomésticos de última geração, criando verdadeiros espaços gourmet dentro de casa”, explica.

Apesar de reconhecer que a maior parte da demanda vem da classe A, Tomaz Andrade, sócio-proprietário da loja Art Plan do Minascasa, diz que também há procura da classe C pelas opções personalizadas. “Ela busca soluções para espaços menores. As pessoas passaram a perceber que é melhor fazer um projeto sob medida para quartos ou cozinha, valorizar os ambientes”, diz.

Mas, antes de decidir trabalhar somente com móveis personalizados, Tomaz investia nos modulados, aqueles que vêm prontos. Entretanto, devido às necessidades de mercado, desde 2007 mudou o foco para os planejados. “Principalmente em Belo Horizonte, não há como definir um tamanho padrão para móveis, já que há ambientes com diferentes formatos e tamanhos. Com o móvel modulado, perde-se muito espaço”, afirma.

O resultado é que hoje, para atender a clientela, há várias opções disponíveis de móveis planejados, que cabem em todos os ambientes. Uma das razões para tanta diversidade é que a demanda aumentou e exigiu uma adaptação do mercado. “Antes, a maioria dos móveis sob medida era voltada para a cozinha. Hoje, já são muito comuns em salas, banheiros e quartos”, comenta Tomaz.

A diversidade de materiais também avançou muito. Se antigamente eram comuns cozinhas todas brancas, agora existem várias opções, como os materiais amadeirados, em tons claros e escuros. Segundo Tomaz, até mesmo as cores metálicas, muito usadas em puxadores, e as aplicadas em vidros podem ser escolhidas com a mesma variedade de opções que a cor de uma parede. E, para economizar na hora de mandar fazer o móvel, a escolha dos acabamentos faz uma grande diferença. “O mercado está com inúmeras possibilidades de acabamentos e cabe ao profissional ajudar na escolha daqueles com custo menor. A base dos móveis planejados mais usada é o MDF, que são chapas de fibras de madeira de média densidade”, explica a arquiteta Giselle Madeira.

ACABAMENTO

Dentro desse tipo de acabamento, as variações mais usadas têm sido as que imitam madeira de demolição e vidros. Mais importante que optar pelos que estão sendo mais procurados é saber adequar o móvel às necessidades do cliente e do ambiente. “Quando se consegue isso, acaba sendo uma opção econômica, já que como o móvel é feito sob medida, não se perde nada em termos de material nem de espaço”, diz.
Para que a demanda do consumidor seja atendida de forma eficaz e econômica, evitando-se gastos desnecessários, a sugestão da designer de interiores Fernanda Berni é considerar a necessidade real e o espaço disponível. “Depois, pesquisar. Entre tantas lojas e tantos móveis diferentes, as chances de se encontrar um já pronto que atenda o cliente é grande”, considera. Para quem já se resolveu pelo móvel sob medida, a indicação da designer é o MDF branco, que segundo ela vai bem em vários ambientes.

O preço do serviço variar conforme o grau de dificuldade de instalação, material escolhido e tamanho da peça. Com relação ao móvel, o diretor-administrativo e financeiro da Sava, Bruno Guerra, diz que normalmente o custo está dividido em 40% relacionado à matéria-prima, 40% de mão de obra e 20% de impostos e comissões. Um sofá, por exemplo, pode variar de R$ 3 mil a R$ 15 mil; uma mesa de jantar, de R$ 2 mil a R$ 10 mil; um rack, de R$ 2,5 mil a R$ 8 mil; e uma poltrona, de R$ 900 a R$ 5 mil.

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