As estantes e prateleiras são a opção ideal para quem precisa unir o útil e o agradável na hora de decorar o ambiente. Conhecidas por sua funcionalidade para guardar livros, sustentar TV e enfeitar a casa com porta-retratos e vasos, as estantes também servem como assessório de decoração que exprime personalidade e repertório estético do proprietário. A professora e coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento de Design, da Universidade de Brasília (UnB), Ana Cláudia Maynardes, explica como é o processo de idealização de um móvel, além de dar dicas sobre o que ter em mente ao comprar uma estante mais ousada.
Confira mais fotos de estantes
Veja fotos de nichos
De acordo com Maynardes, os móveis têm, no mínimo, três funções: utilitária, estética e simbólica. São justamente esses requisitos que devem ser levados em conta na hora da escolha. “Nem que seja para colocar um vazo de flor ela tem que servir. É preciso também que ela seja ‘bonita’ para aquilo que você gosta, dentro do seu estilo. E também existe aquele móvel que representa algo para a pessoa, que simboliza alguma coisa. Por exemplo, você tem uma estante que lembra a que tinha na casa da sua avó e por isso ela tem um valor a mais”, analisa.
A professora explica que dentro do universo do design de móveis existe o móvel do setor industrial e o móvel de autor. “O industrial é a grande produção. Eles apresentam um briefing bem detalhado, com vários requisitos que a gente tem que cumprir. Fazem estudo de mercado, de público e isso é passado para a gente
Maynardes também explica que muitas vezes o valor do móvel está no seu conceito e não apenas na estética. “Tem vezes que um designer cria uma peça e quando o entrevistam ele explica que é uma peça pensada completamente pela utilidade. Daí entrevistam outro designer sobre um modelo parecido e ele fala que fez experimentações e que a peça é mais estética”, conta. “São visões diferentes. Às vezes o discurso que está por trás é que dá valor à peça”, ressalta.