Bichos em casa

Aprenda como criar decoração à prova de pets

Especialistas ensinam como enfeitar casas em que os animais de estimação fazem parte da família. Cuidados simples podem garantir a longevidade de móveis, almofadas e pisos

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postado em 22/01/2012 09:13 / atualizado em 22/01/2012 09:43 Júnia Leticia /Estado de Minas
Brincalhões e cheios de energia, os animais domésticos precisam de espaço no ambiente para circular. Primeira dica é evitar o excesso de objetos pelo caminho - Eduardo de Almeida/RA studio Brincalhões e cheios de energia, os animais domésticos precisam de espaço no ambiente para circular. Primeira dica é evitar o excesso de objetos pelo caminho

Xodós em muitas casas, os animais domésticos têm um lugar especial na vida de quem não abre mão deles. Fiéis, companheiros e brincalhões, cães e gatos encantam pessoas de todas as idades. Até aí, tudo é festa. Mas os problemas começam a aparecer ainda quando eles são filhotes, já que muitas vezes adoram roer e arranhar tudo que veem pela frente. Depois que crescem, as preocupações são outras, como soltar pelos por toda a casa. Apesar de não haver uma decoração à prova de animais de estimação, é possível seguir algumas dicas que contribuam para um lar mais organizado. Uma delas é acertar na escolha do material do estofado, um dos móveis preferidos pelos bichinhos.

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Especialistas recomendam os tecidos mais resistentes, como couro ou couríssimo sintético. Além do sofá, camas, mesas e cadeiras merecem atenção especial, segundo a designer de interiores Ana Karina Chaves. Na hora de escolhê-los, alguns cuidados devem ser observados. “Dê preferência a materiais laváveis e resistentes que são de fácil limpeza e difícil absorção de líquidos. Uma sugestão seria escolher os pés do mobiliário de metal, pois os cães costumam roer madeira.”. Especificamente no caso do sofá, a designer de interiores Klazina Norden recomenda materiais sintéticos, como facto e couro, que são mais fáceis de limpar. As capas também são uma boa opção. Referente à estrutura do móvel, para quem tem felinos, o ideal é que seja de madeira, com assentos e encostos removíveis, como completa a profissional.

A arquiteta Marina Dubal diz que observar a resistência dos tecidos usados para revestir  sofás e outras peças é essencial para mantê-los por mais tempo - Eduardo de Almeida/RA studio A arquiteta Marina Dubal diz que observar a resistência dos tecidos usados para revestir sofás e outras peças é essencial para mantê-los por mais tempo


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Observar a resistência dos tecidos dos móveis revestidos é essencial, principalmente porque os mais sensíveis não aguentam as manutenções constantes, como ressalta a arquiteta Marina Dubal. “Os mais delicados ao contato de animais são os estofados, uma vez que a limpeza é somente superficial e, dependendo do tecido, não suportam contato com produtos químicos.”

Por isso, antes de escolher os móveis mais adequados para os ambientes que têm animais, a primeira medida a ser tomada é analisar quais são seus hábitos dentro de casa. “Se o dono permite que ele suba em sofá e poltronas, o ideal é que os móveis sejam forrados com tecido ou couro sintéticos e, se possível, com a previsão de uma capa em sarja ou lona que possa ser retirada em eventos e para constantes lavagens”, diz Marina. A arquiteta Flávia Soares também diz que é preciso conhecer os hábitos dos animais para melhor definição do espaço e adequação dos móveis.

HIGIENE
Para que o estofado dure por mais tempo, a recomendação da arquiteta é investir no couro ecológico, que pode ser limpo frequentemente, sem muito desgaste. Aí v ale, ainda, observar as tonalidades que serão utilizadas. “É importante não escolher cores muito claras para que o material se deteriore menos”, indica Flávia Soares. Ana Karina também chama a atenção para a higienização, especialmente no caso de apartamentos. Mesmo escolhendo os revestimentos mais adequados, neste tipo de imóvel, a limpeza deve ser impecável. “O uso de aspirador de pó e desinfetante é imprescindível. E o banho no animal de estimação deve ser dado semanalmente para que o apartamento não cheire a cachorro.”.

Eduardo de Almeida/RA studio


SEM MAU CHEIRO E BAGUNÇA
A escolha correta dos artigos que compõem a decoração evita situações desagradáveis e torna o ambiente mais aconchegante, tanto para quem vive nele quanto para as visitas


Outro item que merece atenção redobrada na decoração em casas com animais domésticos é o tapete. A peça normalmente já requer cuidados especiais com a limpeza. E em ambientes com bichos de estimação é necessário analisar bem se ela realmente deve ser empregada. Na opinião da designer de interiores Ana Karina Chaves, a resposta é não. “Tapetes e carpetes devem ser evitados, pois são difíceis de limpar e podem se tornar um abrigo de pulgas”, justifica. Mas caso você não abra mão do artigo, prefira os de juta ou fibras naturais de trama fechada, pelo curto e de uma cor que disfarce bem os pelos de animais, aconselha a designer de interiores Klazina Norden. Para limpá-lo, a sugestão é investir em equipamentos específicos. “Existe no mercado um aspirador próprio para ser usado por donos de animais, que tem bocais com escova especial e até velcro para eliminar pelos de carpetes, estofados, cortinas e pisos.”

Os tapetes sintéticos são os sugeridos pela arquiteta Marina Dubal. Isso porque eles têm grande apelo estético e são encontrados em várias tramas e tonalidades. “Os tapetes mais indicados são os de fio de nylon e também os de pelos baixos, uma vez que facilitam a limpeza.” Independentemente da escolha, é fundamental que o tapete ou o carpete sejam laváveis e que a higienização seja feita com frequência, por causa de pelos e ácaros, como recomenda a arquiteta Flávia Soares. “Alguns cuidados na educação dos animais também são importantes para que eles não façam suas necessidades no tapete”, acrescenta.

Delimitar os locais de acesso dos bichinhos em casa ajuda a evitar acidentes e sujeira, segundo a arquiteta Flávia Soares - Eduardo de Almeida/RA studio Delimitar os locais de acesso dos bichinhos em casa ajuda a evitar acidentes e sujeira, segundo a arquiteta Flávia Soares


A designer de interiores Iara Santos também concorda que o melhor é não usar tapetes, assim como ter poucos adornos ou que eles sejam menores. “Nesse tipo de decoração, também são inapropriados estofados de tecidos. E com relação ao piso, os de cerâmica ou pedra são os mais adequados para poder passar algum produto mais abrasivo, caso seja preciso.” Ana Karina recomenda os revestimentos vinílicos e laminados de madeira, por serem térmicos, mais resistentes a riscos e laváveis. Sobre o que deve ser evitado, a lista inclui mesas, mesinhas de centro e aparadores de vidro. “Também evite elementos que possam quebrar, como adornos, vasos e bibelôs. Fios, tomadas e janelas devem ser protegidos”, aconselha.

Para quem não abre mão das mesas de centro, Marina Dubal diz que elas não podem ser muito baixas, sob o risco de deixar peças de decoração muito suscetíveis ao contato com os animais, que podem quebrá-las ou fazer delas brinquedos. “Também evite peças e móveis muito instáveis e delicados, já que os animais, eventualmente, esbarram e podem se machucar.” As cortinas são outros itens que podem ter sua beleza e funcionalidade comprometidas pela presença dos animais. “Muito volumosas e até o piso, também podem sofrer com o tempo, sendo preferível persianas tipo rolo e romana, além de outros modelos que têm recolhimento superior”.

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Em se tratando de pisos, os mais adequados são os laváveis, conforme a arquiteta. E para facilitar a limpeza, devem ser evitados os revestimentos com texturas, que acumulam poeira e bactérias. “Porcelanatos e pisos vinílicos são opções com uma gama de tonalidades e estampas bem diversificadas, podendo se adequar a qualquer decoração. Evite mármores e granitos claros, pois podem absorver e manchar caso o bichano queira variar seu local de necessidades, eventualmente”, justifica Marina.

A designer de interiores Ana Karina Chaves não recomenda tapetes e carpetes em casas com animais, pois eles dificultam a limpeza - Eduardo de Almeida/RA studio A designer de interiores Ana Karina Chaves não recomenda tapetes e carpetes em casas com animais, pois eles dificultam a limpeza


DIFERENTES Atento a essas dicas gerais, é preciso, ainda, observar as características específicas da raça do animal escolhido. Afinal, o comportamento deles varia. “Com relação aos gatos, é importante pensar na disposição dos móveis e objetos para que não façam deles escadas e circulem sobre mesas de alimentação ou em lugares que dão acesso a janelas que podem ser um risco ao animal. Além disso, os tecidos para ambientes que tenham gatos devem ser mais resistentes, por causa das unhas mais afiadas”. A solução dada por Marina Dubal para evitar as investidas felinas em lugares onde eles não são chamados é um criar um canto com módulos que podem ser escalados e que servem, também, como espécie de parque de diversões para eles. No caso dos cães, é importante pensar que, quando eles são novos, gostam de roer tudo. Assim, a melhor alternativa é sempre mantê-los ocupados com algum brinquedo que ele possa morder, no lugar da mobília.

CUIDADOS COM A MANUTENÇÃO


Para que nos ambientes reine somente a beleza e a graça dos animais, é preciso trabalho constante com manutenção. Afinal, por mais que seus convidados também gostem deles, ninguém quer ficar em um local onde impere o mau cheiro e haja pelos por todos os cantos. Para que isso não ocorra, basta fazer as escolhas corretas e cuidar, tanto casa quanto do animal. O mercado há muito já percebeu esta necessidade e oferece produtos específicos para as mais diversas necessidades. “Pode-se borrifar produto específico nos locais onde o animal não deve fazer xixi. Além disso, há vários produtos que eliminam odores e que são seguros para os animais e seus donos”, diz Klazina Norden.

E, assim como os demais integrantes da casa, é preciso que os animais tenham um local delimitado especialmente para eles, como explica Flávia Soares. “Manter um espaço para que o animal possa fazer suas refeições, um para ele dormir e outro para fazer suas necessidades.” Marina Dubal completa dizendo que é importante, ainda, que eles tenham espaço para brincar, tanto sozinhos e como com o dono. “Sobretudo, em apartamento, onde cada centímetro faz diferença, evite móveis superdimensionados, que dificultem a circulação e limpeza”, sugere.

A designer de interiores Klazina Norden diz que produtos vendidos em lojas especializadas ajudam a eliminar os odores ruins - Eduardo de Almeida/RA studio A designer de interiores Klazina Norden diz que produtos vendidos em lojas especializadas ajudam a eliminar os odores ruins


Enfim, com zelo e dedicação é possível deixar a casa arrumada, em vez de colocar a culpa no animal pela desordem. “Todo mundo pode ter uma casa limpa e bem decorada tendo um pouco de paciência e dedicação. Os pet-shops oferecem uma gama imensa de produtos, desde mobiliários especiais para os bichinhos até brinquedos e material de limpeza para tornar mais fácil e prazeroso a convivência no lar”, diz Ana Karina Chaves. O principal cuidado para que isso ocorra é dar banhos semanais no animal de estimação.

treino Aliado a esses cuidados, Flávia Soares indica como essencial proporcionar ao animal o que ela chama de uma educação, mesmo que para isso seja necessário contar com ajuda de um profissional “Disciplina é um componente muito importante e um bom adestrador pode ajudar quem pouco conhece de animais.” Segundo ela, é muito estranho uma casa que pareça que quem é o dono é o animal.

Por isso, contar com a ajuda de profissionais para projetar esse tipo de ambiente é o ideal. Afinal, eles têm o conhecimento técnico para orientar desde a disposição do mobiliário até a especificação de materiais de acabamento e revestimento, e do mobiliário, como indica Marina Dubal. Ela diz, ainda, que o valor por esse serviço varia de acordo com o escopo do projeto. “Se abrange a arquitetura, detalhamento de áreas molhadas ou se é somente decoração.”

Flávia Soares diz que o profissional é essencial na hora de escolher os acabamentos mais adequados à higienização de ambientes que possuem animais. “O que pode, além de comprometer a estética, a saúde dos moradores”, alerta. Ela diz que, no caso do projeto de decoração, ele pode ser feito a partir a partir de R$ 900. O preço de um projeto varia de acordo com a área a ser trabalhada e as necessidades do cliente.

Eduardo de Almeida/RA studio

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Jorge - 22 de Janeiro às 14:17
Sem ler a matéria pergunto aos donos: quantas vezes por dia seu cão lambe as genitálias e lambe seu rosto ? Quem são estes irracionais que adaptam casas para os mais racionais?!? Só podem ser dementes por se privarem do próprio conforto pra favorecer bichos. fui, não mordam!

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