A primeira regra é respeitar o estilo de aprendizado de cada um. Ou seja, há quem só se concentre com silêncio absoluto e quem não suporte tanta tranquilidade e sinta até inquietação. Outros rendem melhor sentados, diante da mesa, e alguns deitados, no conforto da cama. Independentemente do perfil, o importante é evitar exageros. Um ambiente com muita luz, ruídos ou quente demais não vai ajudar na produtividade.
A arquiteta Laura Santos, do escritório Laura Santos Arquitetura Interiores, recomenda cores leves para o quarto de estudo. “Já a iluminação, tanto natural quanto a projetada, deve ser bem pensada, já que influencia no rendimento da atividade. É imprescindível que o foco seja no local de estudo, principalmente se a pessoa utilizar o espaço à noite.” Para ela, a bancada deve ter largura mínima de 1m, para que o notebook e um livro ou caderno possam ser abertos lado a lado
AMADEIRADOS
Mozart Vidigal, do escritório Forma Arquitetura, avisa que o primeiro passo para qualquer decoração é entender e trabalhar em cima da proporção do ambiente e do desejo do cliente. Ele alerta sobre os cuidados na hora de dividir o quarto de dormir com espaço para estudar. “Um não pode se sobrepor ao outro. Atualmente, crianças e adolescentes, principalmente, querem um microcosmo em que é possível associar as atividades de aprendizado com as de relaxamento.”
Para uma decoração adequada, o arquiteto lembra da boa ventilação e iluminação. “Se a arquitetura não oferecer naturalmente, é preciso criar. Para dormir é um tipo de luz, para estudar é outro, direcionada, para não dar sombra.” Ele é um entusiasta da escrivaninha, que considera cada vez mais atualizada. Aliás, para ele, os demais móveis a têm como ponto de partida, de referência. Enfim, todos os outros acabam sendo releituras, seja a bancada suspensa, acoplada ao móvel ou um modelo de rodízio. “Os modernos querem peças mais soltas, mas há quem tenha ligação com móveis clássicos.”
FIQUE ATENTO
» Bancada, escrivaninha ou mesa? Seja qual for o tipo de móvel escolhido, o importante é ter um lugar adequado para se dedicar aos estudos. Um canto bem planejado
» Uma varanda que foi anexada à sala pode virar um simpático local para estudar e trabalhar
» Se tiver um espaço sob a escada, é possível montar um pequeno ambiente em L para estudar ou mesmo um escritório
» O mobiliário adequado é fundamental. Se o quarto foi planejado, fique atento para ter potes e nichos organizadores
» Um bom projeto de quarto infantojuvenil deve ter uma mesa com, no mínimo, 90cm de largura e 50cm de profundidade. A altura da bancada costuma ser de 65cm para crianças de até 7 anos e, no caso dos mais velhos, de 73cm a 82cm
» O material ideal para a mesa de estudos não pode ser condutor de calor e deve proporcionar uma sensação tátil agradável. Para quem tem filhos pequenos, madeiras e laminados, com bordas arredondadas, são mais seguros e resistentes
» Deixe a bancada sempre na direção contrária à televisão para evitar dispersão na hora do estudo. Pelo mesmo motivo, estantes, nichos e gaveteiros com o material escolar devem ficar próximos à mesa para organizar livros e cadernos. Caixas organizadoras também podem ser úteis
» A cadeira mais bonita ou barata não é a escolha ideal. Fique de olho. O ideal é que o modelo tenha regulagem de assento e encosto - esse deve ser alto, para apoiar completamente as costas. Especialistas indicam a opção por peças com apoio de braço, principalmente para quem usa computador. Cadeiras com rodízio devem ser evitadas para crianças de até 10 anos: vai estragar todo o piso!
» Quanto ao revestimento, o tecido é ótima pedida, assim como o couro. Mas há quem escolha cadeiras feitas com materiais que sujam menos, como o acrílico e o polipropileno, que aparecem nos projetos mais modernos
» Use lâmpadas que não esquentam, como os LEDs, que gastam menos energia. Uma luminária ou abajur direcionado à mesa, bancada ou escrivaninha vai evitar a sombra