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Cores translúcidas do acrílico dão forma a nichos e móveis para decoração

O uso de peças feitos em acrílico, policarbonato ou vidro é uma ótima opção para quem busca uma composição mais clean

Gláucia Chaves
Sala de estar da arquiteta Rosana Helena mistura móveis transparentes feitos de materiais diferentes, como acrílico, espelho e vidro - Foto: André Cavalheiro/Divulgação
Misturar cores, texturas e referências é parte essencial de uma boa decoração. O problema começa quando já há cores ou elementos diferentes em demasia. Como fazer para que o ambiente não se transforme em poluição visual? Uma opção são os móveis transparentes, feitos de acrílico, policarbonato ou vidro. De acordo com a decoradora Maria Cristina Bahia, uma das grandes vantagens dos “móveis fantasmas” é justamente o fato de eles não brigarem com nada ao redor. “Além de darem leveza ao ambiente, combinam com tudo”, reforça.

Veja fotos de peças em acrílico, policarbonato, vinil e laca
Projeto da arquiteta Maria do Carmo tem nichos translúcidos e coloridos; já o arquiteto José Ferro usou nichos transparentes de acrílico - Foto: Márcio Borsoi/Leo Moreira/Divulgação Segundo Bahia, os móveis translúcidos são adequados para qualquer ambiente. “Ficam muito bem especialmente em ambientes pequenos, porque dão a sensação de amplitude.” Para a arquiteta Rosana Helena Costa, os “grandes astros” dos móveis transparentes são o acrílico e o policarbonato. “Quando o acrílico tem função estrutural, a sua espessura torna-se maior, a exemplo de aparadores, mesas de jantar e até mesmo poltronas, ao contrário do policarbonato, que é mais delgado e ainda assim superresistente”, detalha. O vidro incolor, segundo a arquiteta, também é uma opção muito usada em móveis, especialmente mesas de centro e laterais, ou em nichos.
Ambiente gourmet criado pela decoradora Maria Cristina Bahia. O nicho transparente faz as vezes de aparador e não briga com a parede vermelha - Foto: Juliana Buli/Divulgação Na hora de escolher o móvel e o local da casa em que ele será colocado, Rosana Costa diz que a única regra é o equilíbrio. “O mais aconselhável é combinar os móveis transparentes (leveza) com estofados (aconchego) e madeira (aquecimento) para que o ambiente fique harmônico”, ensina. A arquiteta Adriana Victorelli explica que, embora não pareça, a resistência dos móveis transparentes é garantida. “Porém, eles podem sofrer com ação de objetos pontiagudos ou produtos alvejantes, que deterioram sua transparência e riscam o material com certa facilidade.” Neste quarto também projetado por Maria Cristina Bahia, as peças translúcidas conferem um tom arrojado e descontraído à composição - Foto: Gustavo Xavier/Fotoambiente/Divulgação