Profissionais asseguram que é possível encontrar essa harmonia. No entanto, avisam que não existe decoração à prova de animais. Mas não desanime. Antes de mais nada, é preciso saber dois pontos fundamentais: primeiro, o cheiro da sua casa vai mudar, não tem jeito, por mais limpa que esteja. E, segundo, é o bicho que vai determinar a decoração do seu lar, ele ‘manda’.
Luciana Araújo e Nathália Otoni, do escritório Óbvio Arquitetura, são craques em projetos que o cliente não vive sem seu melhor amigo
Arquiteta, Luciana conta que há todo tipo de projeto. Em um deles, ela revela que o cachorro de estimação era parte da família, não estava em segundo plano. Nesse caso, por conviver em todos os ambientes da casa, “a recomendação foi piso de pedra, prático para limpar, e bem claro”. Aliás, ela explica que a cor clara é a melhor escolha porque “no claro a sujeira e os pêlos aparecem e, apesar de dar mais trabalho, a ideia é estar à mostra para estar sempre limpo”. A outra orientação é que “o mobiliário seja de couro. Usamos no sofá e na cadeira da mesa de jantar.
A designer de interiores Iara Santos lembra que há duas situações para lidar com o animal de estimação na hora de montar a decoração. A primeira é quando ele tem passe livre e, a segunda, quando não está no comando, “é educado e sabe até onde pode ir”. Mas ela lembra que o comportamento de cada bicho depende da raça. Para ela, “os revestimentos e os adornos devem ser usados em doses menores. Eles passam a ter a função de facilitar a manutenção diária e não apenas embelezar o espaço”.
Para quem vive em apartamento, Iara diz que os cuidados são redobrados. “O profissional deve ter muita cautela ao elaborar esse tipo de projeto. Mesmo que o cão seja pequeno, ele precisa de espaço. Dessa forma, é preciso especificar móveis e materiais que não ocupem muito os lugares, assim o animal pode circular sem problema.”
XIXI
É bom lembrar que o animal determina mesmo o décor. “Para gatos com garras afiadas, o indicado é usar tecidos com tramas fechadas, como camurças, e não deixar de impermeabilizá-los. No caso dos cães, o uso do couro ou couríssimo é o mais indicado”, explica a designer de interiores Analu Guimarães, do escritório NaLupa Design. Para ela, o tapete pode até permanecer desde que “seu gato ou cachorro seja adestrado e não vá fazer xixi no tapete. Aí, o tapete pode até ser um aliado. Isso porque os pêlos desses animais, não vão ficar dispersos no ar, mas provavelmente serão absorvidos pelo tapete e, assim, eliminados com facilidade pelo aspirador de pó”. Ela indica tapetes de 100% poliéster. Com alta resiliência, esse tipo de tapete não fica marcado caso o animal queira descansar sobre ele.
Ambiente infantil
Em segundo no ranking
Segundo pesquisa divulgada no ano passado pela Associação Brasileira das Indústrias Pet, o Brasil tem o segundo maior mercado de animais de estimação do mundo, estando atrás apenas dos Estados Unidos. E não é para menos: 60 milhões de brasileiros têm pelo menos um bichinho em casa.