Mão na massa

Asas à imaginação: objetos que iriam para o lixo podem se tornar belos itens decorativos

Criatividade, bom gosto, olhar apurado e vontade. Essas são características fundamentais para quem quer transformar a decoração da casa com boas ideias no estilo 'faça você mesmo'

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postado em 25/11/2014 13:33 / atualizado em 25/11/2014 13:42 Lilian Monteiro /Estado de Minas
A designer Analu Guimarães fez três intervenções: o pé de uma máquina de costura que virou mesa lateral, o lustre com roda de bicicleta envolvido em tecido rendado e a textura para parede atrás da cabeceira da cama - Fábio Cançado/Divulgação A designer Analu Guimarães fez três intervenções: o pé de uma máquina de costura que virou mesa lateral, o lustre com roda de bicicleta envolvido em tecido rendado e a textura para parede atrás da cabeceira da cama
Reaproveitar itens desprezados ou que iriam parar no lixo é uma ideia inteligente. O velho, o usado, o ultrapassado... Pense antes de, simplesmente, jogar fora. Na maioria das vezes, com criatividade, é possível dar a antigos objetos novas funções. Sem falar que, além de uma atitude responsável e sustentável, sua decoração vai ter personalidade. Agora, a proposta é se debruçar em projetos bacanas, que vão causar impacto no ambiente. Não é só mudar a cor de um banquinho ou fazer uma capa nova para a almofada, a peça precisa dar outro charme e chamar a atenção.

A designer de interiores e artista plástica Analu Guimarães explica os segredos de um projeto no qual criou três intervenções bem legais para um mesmo ambiente: um quarto de casal. Ela escolheu duas peças de impacto. “O pé da máquina de costura virou mesa lateral, com tampo de vidro redondo argentato (bronze). O aspecto é de espelho jateado, bem mais elegante, o que torna a peça sofisticada.”

O outro objeto de destaque, que carrega a mesma ideia de reaproveitamento, foi o lustre criado por Analu. Ela montou a peça com roda de bicicleta (suporte) envolvida com tecido rendado (comprado no metro) em forma de tubo e finalizou com pingentes de cristais. O resultado é uma linda luminária pendente.

Por último, no mesmo espaço, a artista plástica decidiu dar um toque de personalidade numa parede atrás da cabeceira da cama. Em vez de pintá-la de uma cor inusitada, ela decidiu criar uma textura diferente. “Em lojas da Rua Guarani, no Centro de Belo Horizonte, comprei aquele conhecido forro de mesa de plástico (em torno de R$ 10), vendido no metro, com uma estampa bacana. Colei na parede com fita dupla-face e passei tinta por cima (tinta comum acrílica para parede, látex). A tinta cola na parede e o efeito é rendado. Fica até mais sofisticado do que papel de parede.” Analu explica que, no fim, os projetos deixaram o ambiente despretensioso e livre. “Era essa a intenção.”

Mas ela enfatiza que os projetos têm que ser comedidos. “É legal a pessoa reaproveitar, dar uma nova utilidade para uma peça, principalmente quando é herdada e tem alto valor sentimental. O pé da máquina, por exemplo, foi da minha avó.” A designer diz que se a pessoa não tiver tanta habilidade, o conselho é procurar um profissional para fazer o projeto e contextualizar o objeto. “O que não dá é para sucatear o espaço. Tudo depende da pretensão do cliente, do limite de espaço, do valor da peça e da composição do ambiente.”

ARTESANATO

De São Paulo, a artesã Fátima Rodrigues, diretora comercial do Ateliê Maria Flor, ressalta que muitos objetos descartados podem ser reaproveitados no artesanato. “As garrafas de vidro podem ser transformadas em vasinhos de flores, as latas de aço em porta-tempero e as caixas de leite num porta-maquiagem, e muito mais.”

Para Fátima, basta ter um olhar criativo e bom gosto para perceber que a maioria do que seria “lixo” pode, com outra roupagem, virar objeto decorativo. “Um copo de requeijão ou qualquer vidro é possível ser transformado em porta-velas decorado com pedrarias, por exemplo. Além de criar novos itens decorativos a partir de um objeto que se tem em casa, é possível personalizar um móvel que não combina mais com a decoração por meio de técnicas como decoupage, que utiliza tecido e cola branca.”

A artesã lembra que não há restrições para fazer um projeto de artesanato. Homens, mulheres e crianças podem colocar em prática suas habilidades manuais. Basta ter criatividade e vontade. Fátima conta que, antes de começar, é preciso ter à mão os materiais mais utilizados em qualquer artesanato, que são: cola branca ou adesivo instantâneo, tinta PVA à base d’água, pincel ou rolinho de espuma, tecido em algodão ou papel decorado. “Porém, o principal quesito é a criatividade. Com imaginação, as possibilidades de um projeto legal são infinitas.”

DÊ ASAS À IMAGINAÇÃO
Passo a passo criado pelas artesãs do Ateliê Maria Flor

CAIXOTE DE FEIRA

Ateliê Maria Flor/Divulgação
Os caixotes de feira, na maioria das vezes, são encostados ou jogados fora. O problema é que demoram, em média, seis meses para entrar em decomposição. A artesã Magali Leitte mostra como eles podem se transformar numa peça de bom gosto para decorar jardim ou hall.

» Material: rolinho de espuma, Cascola cascorez extra, pincel, tesoura, papel de presente, Cascola monta & fixa PL 500, rosa de gesso, lixa de unha, lixa para madeira, tinta látex e pano de algodão.

1) Lixe o caixote com a lixa para madeira e pinte o caixote com a tinta látex da cor branca. Aplique Cascola cascorez extra.

2)
Corte o papel de presente no comprimento e largura das laterais do caixote e cole sobre a área onde foi aplicada a Cascola cascorez extra. Passe o pano de algodão sobre a área em que o papel de presente foi aplicado. O objetivo é retirar as bolas de ar e impedir que o papel fique enrugado.

3)
Dê acabamento à colagem lixando os contornos da aplicação do papel de presente. Passe mais uma mão de cola extra sobre o papel de presente para impermeabilizar a colagem.

4)
Com a ajuda do rolinho de espuma, pinte alguns detalhes do caixote com tinta látex cor-de-rosa. Passe o pano de algodão para dar o efeito de pátina na pintura.

5)
Pinte a rosa de gesso com as tintas verde e cor-de-rosa, e dê acabamento com um pouco de tinta vermelha.

6)
Aplique gotas de Cascola monta & fixa PL 500 na rosa e fixe na lateral do caixote.

7)
Fixe rodízios na parte inferior do caixote. Você também pode colá-los.

8)
O caixote está reciclado e pronto para se tornar uma floreira, um revisteiro ou qualquer outra coisa que imaginar!
Ateliê Maria Flor/Divulgação
CAIXA DE CHÁ

Ateliê Maria Flor/Divulgação
A artesã Viviane Coelho ensina a produzir uma caixa de chá feita em MDF. Receba suas visitas com um toque a mais de charme.

» Material: caixa de MDF, papel de scrapbooking, tinta acrílica, rolinho de pintura, prato descartável e cola Cascola cascorez extra

1) Comece pintando toda a parte externa da caixa com a tinta acrílica rosa (ou da cor que desejar).

2) Uma dica: despeje uma porção de cola extra em um prato descartável e adicione uma colher de sopa de água. Isso facilitará a aplicação.

3) Cole os papéis de scrapbooking, decorando a caixa.

4) Passe uma camada de cola por cima dos papéis. Isso dará um aspecto de brilho, além de reforçar a fixação.

5) Espere a cola secar e pronto, sua caixinha de chá está finalizada!
Ateliê Maria Flor/Divulgação

Tags: velhos

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