Érika Steckelberg, da CLS Arquitetura, diz que, antes de decorar uma casa, é preciso ter em mente o que se quer imprimir no espaço a ser trabalhado. “Devemos decidir, de acordo com os gostos do proprietário, se o ambiente será clássico, contemporâneo, rústico, sofisticado, divertido, sóbrio, entre outras tantas opções de decorações e, após essa primeira análise, determinamos quais as cores a serem escolhidas e onde aplicá-las”, explica. Segundo ela, esse é um trabalho minucioso e que demanda tempo e sintonia entre o cliente e o profissional escolhido para acompanhar essas escolhas.
A arquiteta ressalta que sempre há um critério a ser adotado na escolha das cores que vão compor a decoração. Esse critério depende do ambiente e sua funcionalidade, a quem se destina e o tempo que essa cor permanecerá no ambiente. “As cores devem ser usadas sem medo, mas destinadas a pontos certos do ambiente e aplicadas de maneira correta. É preciso pensar na cor das paredes, dos acabamentos, e por final, os móveis e acessórios que irão compor os ambientes.
Érika observa que a escolha, no caso de móveis, tem como base a sua funcionalidade e o ambiente em que ele está inserido. Como exemplo, ela cita que, em salas e ambientes corporativos, utiliza, na maioria das vezes, móveis atemporais e de cores neutras ou madeirados, que podem ser reutilizados, mesmo com mudanças na decoração no futuro. “Já em dormitórios infantis ou de adolescentes, ou ambientes que pedem uma mudança maior na imagem, como algumas lojas, abusamos um pouco mais das cores, pois elas serão utilizadas com prazo determinado”, afirma.
RESULTADO HARMÔNICO Para não errar na cor dos ambientes, Érika diz que é preciso prestar atenção na personalidade do cliente e buscar o equilíbrio, evitando criar um lugar em que ele não se sentirá confortável e cuidando para ter um resultado harmônico e duradouro. Para a arquiteta, dependendo do design e do contexto em que o móvel está inserido, o excesso de cores não cria um efeito over. Para isso, ela ressalta a importância de contar com a ajuda de um profissional que saberá combiná-los de forma harmônica e equilibrada.
Conforme a arquiteta, as cores podem tornar o espaço aconchegante, convidativo, sofisticado, intimista, divertido ou extremamente inquietante. “Tons pastel e cores frias, como o azul, costumam relaxar e passar sensação de tranquilidade ao morador, mas isso depende da personalidade do cliente.” Já a cor preta em móveis, painéis e até mesmo paredes, é sofisticada, moderna e altera a sensação de profundidade dos ambientes. “Fica muito bonita desde que seja utilizada combinada a outras cores, como branco, bege, cinza e tons madeirados”, diz