Se cada ano tem seu regente, seu número, também tem a sua cor, o seu tom. O Instituto de Cores Pantone é um serviço de consultoria dentro da Pantone, empresa sediada em Carlstadt, estado de Nova Jérsei, nos Estados Unidos, que anuncia tendências mundiais de cores e presta assessoria sobre identidade de marcas e desenvolvimento de produtos seguidas mundialmente por vários setores da indústria. A cor escolhida pela organização para 2018 é o ultra violet (ela substitui o greenery, tom de verde que representou 2017). É ela quem vai direcionar o universo do design e da moda, ainda que Laurie Pressman, vice-presidente do instituto, tenha declarado que “a cor do ano Pantone tornou-se muito mais do que uma tendência no mundo do design e da moda, agora é realmente o resultado de uma reflexão e da identificação daquilo que está em falta no mundo atual”.
Conforme a Pantone, a ultra violet é apontada como uma “cor complexa e contemplativa, que sugere os mistérios do Cosmos, a intriga daquilo que ainda está por vir e as descobertas que estão além do lugar onde nos encontramos agora. Ela também simboliza a experimentação e o não conformismo, levando os indivíduos a conhecer a sua marca única no mundo e expandir as fronteiras por meio de soluções criativas”. E nada mais luxuoso do que apostar na cor que representa artistas do quilate de Prince, David Bowie e Jimi Hendrix, ícones da música. Sem falar que o violeta, o púrpura e o roxo são cores de transformação do mais alto nível espiritual e mental, capazes de combater os medos e contribuir para a paz. Além do efeito de limpeza para os transtornos emocionais.
A arquiteta Fernanda Sperb, que ao lado da também arquiteta Lígia Jardim comanda o escritório Jardim e Sperb Arquitetura e Interiores, enfatiza que “nós adoramos a cor (ultra violet), inclusive já havíamos trabalhado com tonalidades parecidas em nossos projetos. Não é um tom difícil, mas tem que saber usar”. Para a profissional, o que a cor de 2018 tem de mais sensacional é que “é uma cor que traz muita personalidade” e melhor combina com “o branco e o cinza.” Já os maiores riscos para Fernanda é “a combinação equivocada
Fernanda Sperb enfatiza que nada de “apagar” a ultra violet, investindo em um tom mais claro. “A beleza está exatamente no fato de ser uma cor viva! E ela pode ser usada até numa parede inteira, o que depende do contexto e do conjunto. Só não recomendamos em ambientes muito pequenos.” A arquiteta lembra que a cor “sempre será um ponto de destaque, ainda mais que trabalhamos com a cor pensando em seu efeito estético”.
CINZA ROSADO
Já a Coral, junto com especialistas internacionais em tendências de design e sociais, definiu a adorno rupestre como a cor de 2018. O tom cinza rosado cria uma sensação de bem-estar em qualquer cômodo e, pela versatilidade, proporciona diversas combinações – de verdes ácidos a azuis frios
Fernanda Figueiredo enfatiza que “a cor de 2018 é um tom de terra rosado suave, remetendo justamente à nossa busca pelo pertencimento. O próprio nome adorno rupestre resgata a conexão com o passado. As representações gráficas feitas pelos seres humanos pré-históricos nas rochas foram uma das primeiras maneiras que encontramos de nos expressar e personalizar nossos espaços.”
Se ficar em dúvida quanto ao tom, a Coral disponibiliza o “Teste Fácil”. Trata-se de um teste de cor pronto para uso. A embalagem contém 30ml de tinta e um mini rolinho embutido. “Lançamos essa novidade com o objetivo de possibilitar que o consumidor experimente a cor de 2018 na sua parede de maneira fácil, prática e rápida”, revela. Disponível a princípio apenas no tom adorno rupestre, pinta uma área de até 30cm x 30cm e pode ser encontrado nos principais home centers e lojas de tinta de todo o país. O preço sugerido é de R$ 9,90. É a melhor forma de saber se a cor combina com sua casa e você.