Cores, traços, texturas. História, cultura, raiz, poesia, sentimento. Criatividade, inspiração, encanto, identidade, o sentido de pertencimento. Experiências que vem das mãos para conquistar, pelo que é autêntico e com olhar apurado. Enaltecer os processos artesanais é uma forma de demonstrar o poder profundo do trabalho do criador, que empenha em objetos únicos suas habilidades e personalidade. Muito além da fabricação em série, industrializada, firmada na repetição de comandos e padrões, a expressão manual é fluida.
O projeto Valorizando Quem Faz se preocupa não apenas com os modos de fazer da arte e do artesanato e o resultado final, mas também convida ao envolvimento os atores dedicados a esses campos, que buscam espaço de destaque. O foco não é somente a confecção das peças - antes, a disseminação da importância de valorizar o setor, despertando a consciência do público sobre novas maneiras de consumo e produção, expandindo a percepção sobre o que é uma obra. Com a presença de artigos que, muitas vezes, se baseiam também na sustentabilidade, é trazida à tona a perspectiva acerca da matéria-prima, seu caminhos até chegar ao artesão ou artista, a cadeia produtiva, sem esquecer o significado imaterial por trás de cada elemento: saberes ancestrais, tradição, tempo, essência, senso de comunidade.
"Pretendemos promover a união entre os atores da cadeia da arte e do artesanato. Convocamos o público para prestigiar a produção em Minas, valorizar o que a gente tem e faz", conclama Cynthia Rabello, coordenadora da iniciativa
Com produtos que estão colocados à venda, o evento vai contar com a participação de dez expositores que irão apresentar, entre um rico leque de opções: ourivesaria, mosaico, bijuterias e bolsas artesanais, porcelanas e itens em vidro pintados à mão, papelaria artesanal com mote de exaltação do feminino, objetos em madeira coloridos, com motivos religiosos, esculturas de animais, personagens e outros temas feitas com material reciclado e papel, e kokedamas. Fechando o dia, está marcado o pocket show acústico "Inusitadas Intervenções", voz e violão, com a cantora Rita Silva e o violonista Saulo Fergo, às 19h.
Como um eco da devoção dos artistas e artesãos mineiros, de amplo alcance, o trabalho entra em nova fase. Já no calendário da cidade, a Feira de Artes e Artesanato Mineiro Beagá Arte é sucesso. Ofertando artigos fora do lugar-comum, a feira abre as portas todos os sábados, no Jockey Bar Café, na Savassi, entre 10h e 16h. A produção do estado comparece com opções para uso pessoal ou para enfeitar o lar. Sobre a feira, que começa a se firmar na preferência dos belo-horizontinos, Cynthia faz questão de frisar a parceria com o Jockey Bar e Café, que comparece com a gastronomia, oferecendo a cafeteria, petiscos, cervejas artesanais e pratos à la carte, opções perfeitas para desfrutar bons momentos na companhia de quem se gosta
E os bons ventos trazem novidades. Para 2019, a pretensão do coletivo é se tornar uma associação, o que vai ajudar na visibilidade e abrangência de público. A ideia é conseguir incentivo, novas formas de apoio, dar oportunidade aos artesãos de participar de diversas exposições, até em outros estados, em locais como centros culturais e museus, por exemplo, a preços de exposição acessíveis. “Nasci para isso, para reunir pessoas, para ajudar, orientar. Tem muita gente talentosa, mas que precisa de um direcionamento, o que eu ofereço gratuitamente. É o que eu gosto, é amor mesmo”, revela Cynthia.
1º Encontro de Arte Mineira
26 de outubro
De 15h às 20h30
No Sou Café
Centro Cultural Banco do Brasil
Praça da Liberdade, 450, Funcionários - Belo Horizonte
Entrada gratuita
Sujeito a lotação
Feira Beagá Arte
Artes plásticas, artesanato, moda, marcas locais
Sábados, de 10h às 16h
Próximas datas: 27/10, 10/11, 24/11
No Jockey Bar Café
Rua dos Inconfidentes, 871, Savassi - Belo Horizonte
Entrada gratuita