Prático e sem sujeira

Papel de parede ganha as casas como opção de decoração para quem quer renovar sem usar tintas

Arquitetas esclarecem dúvidas e dão dicas de como utilizar essa alternativa

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postado em 21/07/2019 07:00 / atualizado em 19/07/2019 16:31 José Alberto Rodrigues* /Estado de Minas
Em uma parede só, o papel tem estampa que combina com os tons neutros do ambiente - Nathalie Artaxo/Divulgação Em uma parede só, o papel tem estampa que combina com os tons neutros do ambiente

A hora de renovar um espaço dentro de casa é sempre motivo de dor de cabeça, principalmente se a alteração for na cor ou na textura das paredes. Tinta, massa corrida, poeira e aquela agitação para cobrir todos os móveis para não cair uma gota de tinta. Para quem quer fugir desses transtornos, a utilização dos papéis de paredes podem ser uma ótima e prática opção. “A instalação e a remoção são fáceis, rápidas e não geram pó e sujeira como outros acabamentos. Além disso, existem diversas opções no mercado hoje em dia, para todos os bolsos”, destaca a arquiteta Cláudia Lopes, sócia do Studio Tan-Gram. Outro benefício desse item decorativo é a redução de tempo de reforma, bom para quem tem pressa ou já está morando no imóvel.

É claro que as paredes precisam ser preparadas para receber o papel de parede, não podendo ter imperfeições, como buracos e rachaduras. Mesmo assim, a instalação dele é bem mais prática. “É essencial remover com uma espátula ou lixa todas as imperfeições que possam causar algum relevo e limpar bem com um pano a superfície a receber o papel de parede. Alguns deles podem realçar superfícies mal acabadas, deixando ondulações aparentes. Fique atento a isso ao escolher papéis de parede lisos e com brilho”, aconselha a arquiteta Laura Lopes, sócia do escritório de arquitetura Arqsol.

Devido a essa praticidade, ao custo/benefício e principalmente pela personalidade que proporciona aos espaços, a demanda e preferência por esse item vem crescendo. Sobre o desafio de escolher a melhor estampa, a arquiteta diz que não há uma receita de bolo, mas a principal delas é combinar com os demais elementos do cômodo. “Em uma sala com sofás e poltronas estampados, por exemplo, escolha um papel de parede com padronagens mais discretas e com cores que harmonizem com o restante do ambiente”, explica Lopes. Afinal, a estampa deve ter a cara do morador da casa.

A dica da arquiteta para clientes mais ousados é apostar nas padronagens maiores e alegres, como folhagens e desenhos geométricos. “Já os clientes mais discretos vão gostar mais dos papéis com estampas sem grande contraste, tons neutros e até mesmo sem nenhuma estampa, apenas com uma textura diferente”, comenta. Outra dica importante é não utilizar estampas muito chamativas em paredes muito extensas.

CÔMODOS


Outra dúvida bastante pertinente é sobre a utilização em banheiros e cozinhas. Segundo Cláudia Lopes, apesar de já existirem alguns modelos que resistam à água, não é muito recomendado o seu uso em áreas úmidas e propícias a substâncias que exijam limpeza frequente. “Existem papéis de parede que são feitos de matéria-prima desenvolvida para dar a eles as características de antimofo, não desbotar facilmente, ser laváveis e não manchar. Porém, sempre é bom evitar áreas com acúmulo de vapor e outras substâncias que impregnem com facilidade, como gordura”, explica.

No quarto infantil, a estampa não deve ter excesso de cores e desenhos para não brigar com os elementos lúdicos - Nathalie Artaxo/Divulgação No quarto infantil, a estampa não deve ter excesso de cores e desenhos para não brigar com os elementos lúdicos

Já Laura Lopes ensina um truque para o uso em banheiros e cozinha, para quem faz questão, apesar de aconselhar a não usá-lo nessas áreas. “O ideal é utilizar papéis com relevo e estampas irregulares, que disfarcem o aparecimento ocasional de alguma mancha de umidade.”

Nos quartos de adultos, eles devem ter padronagens mais discretas e tons pouco vibrantes, que trazem sensação de conforto. “O melhor é utilizar na parede atrás da cabeceira, fora do campo de visão de quem está deitado, para não enjoar”, aconselha Lopes. Já nos quartos infantis, a arquiteta diz para apostar sem medo em estampas alegres, mas pede cuidado com o excesso de cores e desenhos. “Esses ambientes já têm bastantes elementos lúdicos, como brinquedos, quadros e enxoval estampado”, esclarece. Formas geométricas, que se repetem em diferentes cores pastéis e estampas com apenas uma cor, porém, em tonalidades diferentes, são ideais para as crianças.

TECNOLOGIA


A exemplo dos eletrônicos, em que a tecnologia avança, a aplicação prática do conhecimento científico também está presente nos papéis de parede. “Além das mudanças referentes à composição utilizada na produção do papel de parede, os formatos e as inovações do aspecto 3D e outras dimensões que ainda não chegaram ao Brasil, mas que já estão disponíveis no mercado, possibilitam montar composições personalizadas e inusitadas”, comenta a arquiteta do Studio Tan-Gram.

Nathalie Artaxo/Divulgação

Há papéis decorativos impermeáveis e outros com função acústica e térmica. Mas é preciso analisar a necessidade do ambiente. “Se é um ambiente com muito ruído, que necessita de silêncio, ou que as superfícies são refletoras de ruídos gerando ecos, podemos utilizar o papel de parede acústico para amenizar esses problemas”, explica Laura. Nessas versões deve-se avaliar o índice de absortância do papel e sempre escolher um material que seja antichama, para não propagar fogo em caso de incêndio, e para não liberar gases tóxicos quando em contato com fogo. “Outra opção são os vinílicos, para facilitar a limpeza. Eles são impermeabilizados e permitem que se passe bucha leve com sabão neutro ou pano molhado. Esse tipo de papel, no entanto, não é indicado para áreas molhadas externas pois a resistência dele é reduzida quando utilizado em espaços assim, como banheiros e cozinhas”, finaliza a arquiteta. 

DICA DE OURO

A dica é apostar num papel de parede mais trabalhado ou mais cheio de informações, quando se quer dar destaque ou criar um ponto focal em uma ou mais paredes de um ambiente. Quando o ambiente já conta com outros pontos altos ou mais texturas e cores, é interessante trabalhar com um papel de parede mais minimalista, com poucos detalhes, que componha uma base neutra.


CONHEÇA OS TRÊS TIPOS MAIS COMUNS DE PAPEL DE PAREDE

Tradicional: feito com celulose e, por isso, é ideal para os ambientes livres de umidade;

TNT: muito parecido com a textura de um tecido, por isso, também deve ser utilizado em locais secos, para que absorvam a umidade;

Vinílico:
feito em PVC e, por isso, muito resistente à umidade

Fonte: MRV Blog

* Estagiário sob a supervisão da subeditora Elizabeth Colares 
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