Luz para a vida
Neste projeto para um hotel em BH, do arquiteto Junior Piacesi, a luz aparece suave atrás do espelho
A iluminação de um ambiente é muito mais que um complemento. Transmite sensações e valoriza com protagonismo a arquitetura e a decoração. Para um projeto acertado, há que se considerar o cotidiano dos usuários e seus hábitos. A composição luminotécnica e a configuração do cômodo têm uma ligação direta e importante, e por isso mesmo é essencial entender o que se deseja de cada espaço, a fim de transmitir harmonia conforme as sensações pretendidas. Este é um elemento que se alia aos acabamentos, cores, e demais componentes da ambientação, elevando as escolhas do arquiteto ou designer para melhorar a experiência em cada local.
Por meio da luz, há vários artifícios para criar cenários sofisticados, agradáveis, acolhedores e divertidos. Qualquer que seja o ambiente, ganha vida com a iluminação. Ainda que estilo e desejo sejam particulares, existem diretrizes. O primeiro passo é fazer uma análise sobre funções, estilo das atividades que serão realizadas no cômodo, objetos a serem destacados, entre outros detalhes. Depois, é preciso decidir o tipo de iluminação e, finalmente, escolher as lâmpadas e luminárias corretas.
"A influência da iluminação no estado de espírito das pessoas é inegável. Ambientes mal iluminados ou com luz em excesso podem causar desconforto e irritabilidade e, da mesma forma, espaços com iluminação adequada promovem aconchego, relaxamento e inspiração", diz o arquiteto Junior Piacesi.
Está comprovado cientificamente que a exposição à luz natural, continua Junior, tem efeitos poderosos, ao passo que sua ausência muitas vezes acarreta danos à saúde. "Na hora de construir ou reformar, redobre a atenção quando o assunto for iluminação natural ou artificial. Combinar as duas formas, além de gerar economia energética, também tem efeitos sensoriais. A luz estimula os sentidos e é uma maneira de transmitir felicidade. É a arte de iluminar", afirma.
O arquiteto lembra que a iluminação natural, ou a iluminação que vem do Sol, influencia na noção de tempo. Sinaliza o início de um novo dia, dita o compasso da vida. "É essencial para fortalecer o sistema imunológico, ativa a síntese da vitamina D, melhora o humor, entre outros benefícios. Também gera sensação de acolhimento. Na arquitetura, é o jogo de luz e sombra aplicado aos espaços", elucida Junior Piacesi.
Pontuações luminosas ao lado da cama conferem aconchego no ambiente assinado por Junior Piacesi
O profissional ensina que, para deixar o ambiente confortável e agradável, é importante observar o clima da região, quantidade de luz, posição do Sol, e assim adotar os critérios de luminância específicos para áreas privativas, sociais ou de serviço. Técnicas e recursos disponíveis devem ser seguidos de modo funcional.
"A luz do Sol é a que melhor reproduz as cores e, claro, as lâmpadas querem imitar seu brilho. Por isso, é importante uma boa pesquisa antes de comprar lâmpadas e focar no índice de reprodução de cores (IRC) para atender reais necessidades. Trabalhar com iluminação é escolher um tom claro ou escuro, dramático ou poético, e preencher os ambientes com luz direta ou indireta, conforme sua servilidade", ensina Junior Piacesi.
A luminária sobre a mesa conversa com a luz que vem da janela. Espaço de Junior Piacesi
Residências, espaços comerciais ou corporativos, não recebem a luz igualmente, devido às diferentes atividades exercidas e as especificidades de cada ambiente. Dentro de uma empresa, exemplifica o arquiteto, a fim de assegurar o bem-estar físico e psicológico dos colaboradores, é indicado seguir os parâmetros estabelecidos pela norma NR-17, que versa sobre a luminosidade nas áreas de trabalho.
Entre variações quanto a recursos, peças e tipos de lâmpadas, são inúmeras as opções. Importante é estudar como cada tom (quente, neutro ou frio) impacta visualmente e no inconsciente das pessoas. Nos projetos desenvolvidos por Junior Piacesi, a luz branca é pouco utilizada, apesar do senso comum de que ilumina mais. "Na verdade, o que traz essa claridade não é a temperatura de cor, mas a luminância e a potência da luz", ressalta o arquiteto.
Iluminação natural e artificial podem ser complementares, como nesta composição do arquiteto
É fundamental, assim, observar o tom, a intensidade da luz, a temperatura de cor, com o propósito de selecionar os modelos adequados de luminárias e lâmpadas, respeitando suas funções reguladoras. "Com criatividade, é possível obter efeitos modernos com objetos acessíveis, de baixo custo. Um bom projeto de iluminação está relacionado com o que se deseja iluminar e qual ambiência se pretende criar. Tudo isso faz parte do processo criativo da planta da casa", finaliza Junior Piacesi.
Mais que decorar, iluminação de ambientes contribui para a saúde, conforto e bem-estar
O poder da iluminação muitas vezes é subestimado. Muito além da ambientação, é inegável como a luz reflete no estado de espírito das pessoas
postado em 29/10/2020 15:00
/ atualizado em 29/10/2020 15:16
Portal Lugar Certo
Neste projeto para um hotel em BH, do arquiteto Junior Piacesi, a luz aparece suave atrás do espelho
A iluminação de um ambiente é muito mais que um complemento. Transmite sensações e valoriza com protagonismo a arquitetura e a decoração. Para um projeto acertado, há que se considerar o cotidiano dos usuários e seus hábitos. A composição luminotécnica e a configuração do cômodo têm uma ligação direta e importante, e por isso mesmo é essencial entender o que se deseja de cada espaço, a fim de transmitir harmonia conforme as sensações pretendidas. Este é um elemento que se alia aos acabamentos, cores, e demais componentes da ambientação, elevando as escolhas do arquiteto ou designer para melhorar a experiência em cada local.
Por meio da luz, há vários artifícios para criar cenários sofisticados, agradáveis, acolhedores e divertidos. Qualquer que seja o ambiente, ganha vida com a iluminação. Ainda que estilo e desejo sejam particulares, existem diretrizes. O primeiro passo é fazer uma análise sobre funções, estilo das atividades que serão realizadas no cômodo, objetos a serem destacados, entre outros detalhes. Depois, é preciso decidir o tipo de iluminação e, finalmente, escolher as lâmpadas e luminárias corretas.
Saiba mais
Está comprovado cientificamente que a exposição à luz natural, continua Junior, tem efeitos poderosos, ao passo que sua ausência muitas vezes acarreta danos à saúde. "Na hora de construir ou reformar, redobre a atenção quando o assunto for iluminação natural ou artificial. Combinar as duas formas, além de gerar economia energética, também tem efeitos sensoriais. A luz estimula os sentidos e é uma maneira de transmitir felicidade. É a arte de iluminar", afirma.
O arquiteto lembra que a iluminação natural, ou a iluminação que vem do Sol, influencia na noção de tempo. Sinaliza o início de um novo dia, dita o compasso da vida. "É essencial para fortalecer o sistema imunológico, ativa a síntese da vitamina D, melhora o humor, entre outros benefícios. Também gera sensação de acolhimento. Na arquitetura, é o jogo de luz e sombra aplicado aos espaços", elucida Junior Piacesi.
Pontuações luminosas ao lado da cama conferem aconchego no ambiente assinado por Junior Piacesi
O profissional ensina que, para deixar o ambiente confortável e agradável, é importante observar o clima da região, quantidade de luz, posição do Sol, e assim adotar os critérios de luminância específicos para áreas privativas, sociais ou de serviço. Técnicas e recursos disponíveis devem ser seguidos de modo funcional.
"A luz do Sol é a que melhor reproduz as cores e, claro, as lâmpadas querem imitar seu brilho. Por isso, é importante uma boa pesquisa antes de comprar lâmpadas e focar no índice de reprodução de cores (IRC) para atender reais necessidades. Trabalhar com iluminação é escolher um tom claro ou escuro, dramático ou poético, e preencher os ambientes com luz direta ou indireta, conforme sua servilidade", ensina Junior Piacesi.
A luminária sobre a mesa conversa com a luz que vem da janela. Espaço de Junior Piacesi
Residências, espaços comerciais ou corporativos, não recebem a luz igualmente, devido às diferentes atividades exercidas e as especificidades de cada ambiente. Dentro de uma empresa, exemplifica o arquiteto, a fim de assegurar o bem-estar físico e psicológico dos colaboradores, é indicado seguir os parâmetros estabelecidos pela norma NR-17, que versa sobre a luminosidade nas áreas de trabalho.
Entre variações quanto a recursos, peças e tipos de lâmpadas, são inúmeras as opções. Importante é estudar como cada tom (quente, neutro ou frio) impacta visualmente e no inconsciente das pessoas. Nos projetos desenvolvidos por Junior Piacesi, a luz branca é pouco utilizada, apesar do senso comum de que ilumina mais. "Na verdade, o que traz essa claridade não é a temperatura de cor, mas a luminância e a potência da luz", ressalta o arquiteto.
Iluminação natural e artificial podem ser complementares, como nesta composição do arquiteto
É fundamental, assim, observar o tom, a intensidade da luz, a temperatura de cor, com o propósito de selecionar os modelos adequados de luminárias e lâmpadas, respeitando suas funções reguladoras. "Com criatividade, é possível obter efeitos modernos com objetos acessíveis, de baixo custo. Um bom projeto de iluminação está relacionado com o que se deseja iluminar e qual ambiência se pretende criar. Tudo isso faz parte do processo criativo da planta da casa", finaliza Junior Piacesi.
Dicas simples e valiosas para iluminar os ambientes:
- Lâmpadas coloridas na tomada
- LED embaixo dos armários
- Luz indireta
- Lâmpadas 220v em tomadas 110v
- Peças que distribuem facho de luz confortável e regulável
- Uso de gesso para tratar o teto ou criar pontos de luz. Para uma boa iluminação, no entanto, não é necessário
- Aplicar uma iluminação com temperatura de cor mais dourada
Fonte: Junior Piacesi, arquiteto
Tags: luz natural luz artificial iluminação luz decoração
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