Arquitetura, decoração e design

Casa da Serra: cheiro de mato e conectividade em projeto para a Casa Cor MG

Espaço de Junior Piacesi lembra o momento em que tudo acontece dentro do lar, no contraponto entre estar conectado ou offline. Mostra é até 17 de outubro em BH

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postado em 01/10/2021 11:00 / atualizado em 30/09/2021 19:29 Estado de Minas
Jomar Bragança/Divulgação

Um lugar onde tudo é feito para ser sensações, para transformar a experiência, já tão modificada do início da pandemia até agora. A casa, antes refúgio, neste momento em particular precisa abrigar a vida inteira. O lar como sempre um porto seguro, mas que também permite a expansão para o mundo, uma morada que liga e desliga. É o palco onde tudo acontece. Mas como fazer tanta coisa fluir? São os pontos de partida para o projeto que o arquiteto Junior Piacesi apresenta nesta edição da Casa Cor Minas Gerais, que acontece até 17 de outubro, no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte.

Jomar Bragança/Divulgação

O ambiente chamado Casa da Serra é uma casa completa. Em 320 metros quadrados totais de área construída, estão quarto, cozinha, escritório, salas de estar e jantar, banho e, na parte externa, rodeando a piscina, um deck frontal e outro pelos fundos. Em diálogo com a vegetação que cerca o espaço e os jardins internos, tudo em paisagismo construído, uma linda jabuticabeira aparece graciosa dentro do living, emoldurada pela claraboia que deixa entrar o sol e a chuva. "O verde é um ponto chave do projeto. O cheiro de mato, o aroma da chuva, a atmosfera da serra", descreve o arquiteto.

Entre as escolhas de design, saltam aos olhos a poltrona de Ricardo Fasanello, o sofá Brunno Jahara, da Lider Interiores, a luminária Arco Flos, da A. De Arte, banco de Olavo Machado Neto, e cadeiras Zanini de Zanine e Zanine Caldas, peças harmonizadas com cadeiras, bandejas e espelhos de criação própria de Junior Piacesi, um arremate de estilo. Na paleta de cores, cimento, branco e preto, em contraste com pegadas amadeiradas, para um resultado em que o mínimo é o imperador.

Na lista de materiais, revestimento de teto e parede especificado em MDF, lançamento da Duratex, em tons de madeira, e piso em placas feitas a partir de reuso de mineração da Gerdau, imitando cimento. Na cobertura, telhas sanduíche garantem maior conforto termoacústico. Toda a estrutura metálica é encapada por breezes e um charme a mais fica por conta de rasgos de luz no teto.

Um grande trunfo da casa, que foi finalizada em 30 dias, é ser modular e modulável. "Por ser feita em módulos, a configuração pode ser do jeito que o morador desejar. A estrutura monta e desmonta. Pode ter um ou dois quartos, ou outro espaço gourmet, por exemplo. É uma proposta livre, para todo perfil de usuário", diz o profissional.

Jomar Bragança/Divulgação

Jomar Bragança/Divulgação

Luiza Ananias/Divulgação

A natureza como um berço do ambiente, a conversa com o entorno - tudo faz sentido para um momento de prazer. Um usufruto que vem da apreciação do anoitecer, de estar ao redor da mesa, receber a família e os amigos, ou em um espaço de trabalho que abraça - é um modo-lar, assim mesmo, um modo de ser que pode ser conectado ou totalmente offline, sempre em perfeita melodia.

Luiza Ananias/Divulgação

Luiza Ananias/Divulgação

Luiza Ananias/Divulgação

Por um lado, uma vida leve, equilibrada, sem pressa, contemplada nas escolhas da arquitetura, do design e na decoração, sugerindo um lifestyle inspirado por valores simples e reais, um caminho ampliado para além do sustentável. De outro, a necessidade de estar dentro de casa sem estar fora do mundo.

Luiza Ananias/Divulgação

Percorrendo essa direção, a casa é abrigo para os intervalos de reclusão e, ao mesmo tempo, se adapta à realidade, que pede um lar para ser morada e acolhida, e também onde é possível expandir-se. O projeto é elaborado para que as obrigações diárias sejam naturalmente cumpridas, ao mesmo tempo em que é possível recarregar a própria energia, tirando o peso diário da sensação de que sobra pouco tempo para existir.

Luiza Ananias/Divulgação

"É uma proposta de relaxamento e acolhimento ao máximo, e também um hub de conexão. Na era do digital, muita gente faz o caminho contrário, procurando se desligar. Mas, com a pandemia, que forçou a volta para dentro de casa, o lar precisou novamente estar conectado. Do ano passado para cá, muita coisa foi desconstruída para se reconstruir. É hora de reaprender", acrescenta Junior Piacesi.

Luiza Ananias/Divulgação

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