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Implantação de área verde requer estudo, ensina paisagista

Cresce em Belo Horizonte o número de edíficios com extensas áreas verdes sobre o concreto
Com toda a preocupação com o meio ambiente, essa é uma tendência parece ter vindo para ficarBom para quem procura qualidade de vida em meio aos problemas da vida urbanaNo entanto, os projetos paisagísticos devem ser bem planejados para não causarem problemas

De acordo com o paisagista Luiz Carlos Orsini, responsável pelo projeto do edifício Cittá Giardino, da Construtora Alicerce Castor, não basta colocar terra e qualquer tipo de planta num jardim suspensoAntes, é fundamental estudar bem o local para conhecer as condições específicas, como, por exemplo, a base de apoio e o tamanho do jardim, principalmente em prédios que não dispõem de muito espaço e que, na maioria das vezes, terão jardins em cima de garagens ou terraços“Nesse caso, o ideal é colocar terra com substrato, para diminuir o peso na lage”, ensina o especialista

Os tipos de plantas também são importantes para o sucesso dos jardinsNesse caso, deve-se levar em conta não apenas a beleza dos espécimes escolhidosSegundo Luiz Carlos, para evitar futuros problemas, deve-se evitar, por exemplo, escolher plantas de raízes profundas, que podem infiltrar na terra e atingir o concretoAlém disso, convém observar as características de cada planta, inclusive a quantidade de água necessária para mantê-las vivas


IMPERMEABILIZAÇÃO Um outro cuidado importante é com a prevenção de infiltrações, caso o jardim seja feito em cima de lajes ou terraçosPara isso, profissionais sugerem que, antes de começar a obra, convém realizar uma impermeabilização no local onde será instalado o jardim

Justamente por falta de precaução, o condomínio Príncipe Charles, no Bairro Luxemburgo, região Sul de Belo Horizonte, vem sofrendo com infiltrações na garagem, que fica logo abaixo do pilotis, lugar onde está grande parte do jardim do prédio“Há cinco anos, quando reformamos o edifício, não foi checada a impermeabilização, que estava na hora de ser refeita”, explica a economista Maria das Graças Nobre Veloso, síndica do condomínio