As madeiras são verdadeiros curingas dos projetos arquitetônicos e de decoraçãoPodem ser usadas na estrutura do imóvel, no revestimento de pisos e paredes, em cercas, no mobiliário e ainda nos adornosMas o primordial, hoje, com tantos problemas ambientais decorrentes da exploração desordenada dos recursos naturais, é dar preferência àquelas originárias de reflorestamento ou de processos de demolição, recomenda o arquiteto Marcos Nobre
O arquiteto Sérgio Viana, diretor da CWT Design, lembra que o mercado já oferece madeiras de reflorestamento para as diversas funções, com preços que considera competitivos em relação ao material tradicionalSegundo ele, que comercializa em sua empresa peças e réguas de pinus, eucalipto, cumaru, cedro e itaúba, o metro quadrado da madeira de reflorestamento varia, em média, entre R$ 150 e R$ 500
Com relação às madeiras de demolição, Marcos recomenda que o consumidor tome cuidado com a origem do materialÉ preciso se certificar de que a madeira é oriunda de uma demolição aprovada por órgãos responsáveis pelo Patrimônio HistóricoSe a idéia é usar um material alternativo que contribua para a preservação ambiental e a reutilização é uma atitude ecologicamente correta , a pessoa deve se preocupar também com a conservação dos bens históricos e não aceitar produtos vindos da destruição do patrimônio.
Ele diz ainda que a madeira pode ser substituída por produtos cerâmicos e sintéticosHoje, já temos porcelanatos com aparência idêntica à das madeiras e há ainda o ecoblock, desenvolvido a partir da reciclagem de materiais plásticos e borracha, muito usado em áreas externas, que também imita com perfeição, inclusive na textura, a madeira, informa
Marcos observa, porém, que os materiais considerados ecologicamente corretos, como o ecoblock, têm ainda um preço salgado para o consumidor finalSegundo ele, esses produtos são fabricados quase que artesanalmente por empresas de pequeno porte, que não recebem nenhum incentivo dos governos para ampliar a sua produção, o que poderia contribuir para a diminuição dos preços