Confraternização em casa

Projetos arquitetônicos criam espaços integrados que permitem maior sensação de amplitude e facilitam o encontro da família com os amigos para um aperitivo

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postado em 07/09/2008 07:00
Projeto da cozinha priorizou um grande espaço gourmet, que permite reunir amigos para bater um papo, preparar uma boa comida e tomar uma bebida - Jomar Bragança/Divulgação Projeto da cozinha priorizou um grande espaço gourmet, que permite reunir amigos para bater um papo, preparar uma boa comida e tomar uma bebida
A violência urbana muda os hábitos das famílias brasileiras e, por conseqüência, transforma a arquitetura das construções, especialmente nas médias e pequenas cidades. Para fugir do trânsito engarrafado, dos assaltos, seqüestros relâmpagos e de toda a vasta gama de perigos do cotidiano, as pessoas passam mais tempo em casa, mas convivem em espaços também cada vez mais reduzidos. Para conciliar essas duas tendências, a resposta da arquitetura foi a introdução dos ambientes integrados, que permitem maior sensação de amplitude e criam uma comunicação entre os vários cômodos da casa, favorecendo assim uma maior interação da família.

Um fato recente no país, que pode colocar ainda mais em evidência a necessidade de integração dos espaços, é a introdução da chamada Lei Seca, que estabeleceu punições rigorosas para motoristas alcoolizados. Com ela, o hábito de freqüentar o barzinho na saída do trabalho para aquele aperitivo com os amigos, comum entre os brasileiros e muito cultivado pelo belo-horizontino, gradualmente vai sendo substituído pela confraternização em casa, com a família e amigos que moram nas vizinhanças. Assim, ganham prioridade nos projetos arquitetônicos residenciais ambientes onde essas reuniões possam ser realizadas com conforto, aconchego e funcionalidade.

“São cozinhas gourmet integradas com a sala ou instaladas na varanda, grandes salas, resultantes da integração do living com as salas de jantar e TV, onde se pode ouvir uma boa música, assistir a um show no DVD, bater um papo com uns amigos, preparar uma comida, comer e tomar uma bebida”, diz a arquiteta Cristina Menezes. Ela observa que o tipo de integração a ser feita depende das preferências dos usuários da casa ou apartamento.

ESPAÇO GOURMET “Já remodelei um apartamento de três quartos no Belvedere, de cerca de 100 metros quadrados (m²), onde as divisões da dependência de empregada, da cozinha e de um dos quartos foram eliminadas e os ambientes integrados com a sala. O resultado foi um grande espaço gourmet, com a cozinha dentro da sala, onde os moradores recebiam os amigos”, conta ao observar que o apartamento era de um casal sem filhos que, no dia-a-dia, não cozinhava em casa.

Para famílias com crianças, que necessitam fazer refeições diariamente, mas querem um espaço onde os dotes culinários de um gourmet possam ser comprovados, uma solução é o planejamento de duas cozinhas – uma para o dia-a-dia e outra integrada com a sala ou varanda. A idéia, porém, admite Cristina, é mais dispendiosa e exige um apartamento de maior porte.

Isso não quer dizer que quem tem um imóvel menor não possa reservar um cantinho da casa para tomar o seu aperitivo tranqüilamente, depois de um dia cansativo de trabalho, ou receber os amigos. “É possível redefinir o uso dos espaços com a mudança na distribuição e a substituição ou reforma do mobiliário, para criar, numa sala, por exemplo, um cantinho para conversar com o parceiro e os filhos ou receber os amigos, tomando um bom vinho e comendo um tira-gosto”, diz.
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