O comerciante Geraldo Maurício Diniz Vivas, de 40 anos, há seis meses começou a viver um transtorno com formigas e baratas em seu apartamento em BH"As formigas saíam da rede elétrica e atacavam qualquer coisa que estivesse em cima da mesa, na cozinha, resquícios de comidaAs baratas eram aquelas pequenas, apareciam nos armários, sala, área de serviço"No início, Maurício tentou usar inseticidas de uso caseiro, e até vela de citronela, mas não adiantouQuando o número de "visitantes" aumentou, o comerciante se viu obrigado a contratar uma empresa de dedetização"Fiz uma pesquisa na Vigilância Sanitária para ver as empresas licenciadas, e escolhi uma por indicação, com certificação de qualidadeEles foram super profissionais, o serviço custou R$ 160 e foi o suficiente para as baratas e formigas desaparecerem", conta
Os insetos chamados sinantrópicos são aqueles que se adaptaram às condições humanas e dependem do homem para viver, como explica o biólogo especialista em controle de pragas urbanas, Horácio Capistrano"Eles precisam de três coisas: abrigo, água e alimento, tudo o que a gente oferece em casa, através dos restos, ou do esgoto, e locais úmidos"
Segundo o biológo, o segredo para prevenir o aparecimento de insetos é manter a casa limpa e organizadaA Associação Mineira de Empresas Controladoras de Pragas (Minasprag) recomenda preservar os alimentos guardados em recipientes fechados, além da limpeza cuidadosa de locais onde possa ocorrer acúmulo de gordura e restos alimentares (fornos, armários, despensas, eletrodomésticos, coifas, sob pias), eliminação de resíduos de alimentos em pias, bancadas, eletrodomésticos e dentro de utensílios, conservação de armários e despensas fechados, estocagem correta de mercadorias e acondicionamento do lixo em sacos plásticos e dentro de latas fechadas e limpas, entre outras medidas
Cuidados
Quando começa a infestação, Horácio orienta que há duas vertentes de controleExistem produtos caseiros que têm ação repelente (como cravo da índia, folhas de louro, detergentes domésticos, citronela), mas é preciso cuidado com os ditos naturais, vendidos muitas vezes sem identificação, com alto grau de toxicidadeMas, quando o nível de insetos fica muito alto, o jeito é procurar empresas especializadas
O presidente da Minasprag, Geraldo Lúcio Ferreira, alerta que, em BH, apenas 30% das empresas são regularizadas, e o consumidor deve ficar atento com serviços feitos de forma autônoma, sendo co-responsável por possíveis danos"É preciso que a empresa apresente, atualizado, o alvará expedido pela Vigilância Sanitária do município; forneça a relação dos produtos a serem utilizados, que devem ser registrados no Ministério da Saúde; os funcionários devem utilizar os equipamentos de segurança (luvas, máscaras, jalecos, botas)Também deve haver um responsável técnico efetivo, que pode ser biólogo, químico, agrônomo, médico veterinário, farmacêutico, engenheiro químico ou florestal"