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Programa de moradias começa com falhas

Agência Estado

Em meio à pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cobra mais agilidade e eficiência dos bancos oficiais, a Caixa Econômica Federal iniciou na segunda-feira (13) as operações do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida” sem ter definido todas as regras e com ajustes de última hora
Para as famílias que ganham até três salários mínimos, o programa, na prática, ainda não começouAlvo principal dos benefícios, essas famílias terão de esperar prefeituras e Estados aderirem ao programa e cadastrarem os interessados.

Alegando dificuldades operacionais, a Caixa informou também que o governo decidiu estender a todas as famílias beneficiadas a isenção do seguro do financiamentoInicialmente, só as famílias com renda de até cinco salários mínimos haviam sido dispensadas do pagamento, que vai até 40% da prestaçãoO Ministério da Fazenda resistia à ampliação da "bondade"

Para evitar críticas de falta de agilidade e dar fôlego inicial ao programa, a Caixa vai adaptar projetos de empreendimentos imobiliários que já estão em análise no banco e, na origem, não eram voltados para essa faixa de rendaCerca de 50 mil unidades deverão ser as primeiras com a marca do programaA expectativa é que os primeiros contratos sejam assinados ainda este mês.

Preocupado com o risco de tumulto nas agências, o vice-presidente da Caixa, Jorge Hereda, orientou as pessoas que recebem até três salários mínimos a procurar as prefeituras ou governos estaduaisOs termos de adesão de Estados e municípios ao programa, porém, só foram disponibilizados ontem

Segundo Hereda, as prefeituras vão divulgar "oportunamente" os locais para cadastramento"A escolha não será por ordem de chegada", adiantou
Nas localidades em que a demanda for maior do que os recursos disponíveis e de quantidades de moradias oferecidas, haverá sorteioAs famílias com maior número de integrantes terão prioridade sobre os candidatos solteiros.