Vice-diretora da Atrium, Maria Aparecida ressalta a importância do contato mais próximo entre comprador e construtora para dicas sobre manutenção do imóvel
Luana Macieira
Infiltrações, trincas e quedas de pastilhas de revestimento são problemas comuns em edificações. Para evitá-las, os cuidados devem começar durante o projeto da obra e se estender até depois da entrega do imóvel ao comprador. Segundo o engenheiro civil José Eduardo de Aguiar, diretor técnico da Recuperar, empresa especializada no tratamento de patologias em imóveis, os problemas nas estruturas e revestimentos são inevitáveis, uma vez que as edificações sofrem com a ação do tempo. "A umidade, o oxigênio e o gás carbônico são os maiores inimigos de qualquer imóvel. O concreto armado, que é a junção de cimento e ferro, não consegue se proteger do vento e da água. Quando a umidade ataca o ferro, ele oxida e se expande, destruindo o cimento à sua volta", esclarece.
Há dois grupos de patologias mais comuns. O primeiro refere-se às estruturais, que são as mais perigosas, pois comprometem a base da edificação. Elas atingem as pilastras e as estruturas, responsáveis por manter o imóvel de pé. Já o segundo grupo engloba os problemas ligados ao revestimento. Não apresentam riscos para o prédio, mas atingem sua parte estética. Os mais comuns são as quedas de pastilhas de revestimento e na pintura.
Pilastra com ferro exposto é um dos problemas mais comuns a que as edificações estão sujeitas
Segundo José Eduardo, algumas construtoras ainda não dão muita importância à preservação do concreto armado e à prevenção das patologias. Não é o caso da Construtora Atrium, que realiza várias ações nesse sentido. "Primeiramente, seguimos, com muito cuidado, todas as instruções dadas pelos fornecedores dos materiais que usamos. Depois, fazemos inspeções técnicas e vistorias dos passos da obra e colocamos as fotos em relatórios. Além disso, o manual do proprietário distribuído aos clientes tem todas as dicas para evitar as patologias", afirma a vice-diretora da construtora Maria Aparecida Miranda.
Ela ressalta a importância do contato mais próximo entre compradores e construtoras. Segundo a vice-diretora, no primeiro ano depois da compra do imóvel o cliente pode procurar a empresa a qualquer momento para esclarecer dúvidas sobre a manutenção da unidade. "Além desse contato, toda vez que uma matéria-prima da obra tem recomendações especiais para uso, capacitamos os funcionários que lidarão com esse material. Assim, evitamos erros que podem gerar possíveis patologias no futuro", diz.
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