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Ajuda especializada

Profissionais que procuram produtos voltados para obras dentro do conceito da inclusão social têm catálogo on-line com dicas de itens seguros e recomendados para esses imóveis

"Infelizmente, a força da lei ou a penalidade financeira ainda têm sido mais visíveis do que a consciência do direito de ir e vir do indivíduo" - Jacques Lazzarotto, professor de arquitetura da Fumec - Foto: Gladyston Rodrigues/Ao Cubo Filmes
Quem procura um catálogo de produtos que seguem o modelo de construção inclusiva encontra nos sites do Instituto Brasil Acessível (www.brasilacessivel.org.br) e do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento da Arquitetura (www.forumdaconstrucao.com.br) peças que facilitam as escolhas para arquitetos, engenheiros e consumidoresA classificação dos itens leva em consideração as características de segurança no uso, acessibilidade, utilização independente e igualitária, conforto, estética e flexibilidade de aplicação em construções residenciais e comerciais

Na lista dos institutos estão pisos cerâmicos, ferragens, itens de sinalização e outros componentes certificados pelo Selo de Produto InclusivoSandra Perito, presidente do Instituto Brasil Acessível, ressalta que, a cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população brasileiraPara ela, essa mudança no perfil da população transforma a concepção de projetos arquitetônicos e também de produtos para que as pessoas da terceira idade possam habitar a própria residência, com qualidade
Todos os espaços de convivência do imovel podem ter soluções simples para quem tem limitações - Foto: Luiz Doro/Divulgação
A arquiteta Ana Paula Costa, mestre sobre o histórico de edificações hospitalares, aponta uma demanda de consumidores por moradias seguras, que a indústria da construção e os profissionais ainda não atendemPara ela, a desinformação também dificulta a superação de barreiras no mercado de material de construção"Muitas lojas possuem em seus catálogos produtos inclusivos, mas desconhecem essas características", avaliaA arquiteta destaca que alguns materiais podem receber pequenas alterações e, assim, ampliar seu uso, como torneiras e registros sanitários e maçanetas

O professor de arquitetura da Fumec Jacques Lazzarotto avalia que avanços na legislação impulsionam conquistas para a arquitetura acessível, mas a fiscalização é falha e é preciso maior conscientização de quem constrói"Infelizmente, a força da lei ou a penalidade financeira ainda têm sido mais visíveis do que a consciência do direito de ir e vir do indivíduo"