Na mesma resolução, a Susep deixa clara a obrigatoriedade de o contrato de seguro ter o mesmo prazo de vigência do empréstimo. Porém, nem tudo são flores. As mudanças, a princípio, podem levar os interessados a acreditar que terão mais chances de conseguir um financiamento. Mas é preciso muita atenção, pois os custos com o seguro podem desestimular a negociação.
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Contrato pede cautela
Segundo o presidente nacional da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Richarde Mamede, "infelizmente, nem tudo o que reluz é ouro", diz, fazendo uma conta simples para explicar os motivos do alerta. "O prazo para o financiamento da casa própria nunca esteve tão longo. Atualmente, há a possibilidade de financiamento em até 360 meses, ou seja, 30 anos. Some-se isso ao aumento do limite de idade autorizado pela Susep e o resultado seria o de prestações praticamente impagáveis, além de aumento de no mínimo 20% sobre o valor total do financiamento", esclarece.
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Por sua vez, o diretor administrativo da associação, Lúcio Delfino, acredita que o aumento do prazo não deixa de ser uma vantagem, mas vai exigir do interessado dedicação na pesquisa em busca de um valor aceitável para o seguro habitacional, avaliando detalhadamente as opções oferecidas pelas instituições financeiras. "Todos os seguros devem, no mínimo, prever a quitação do saldo devedor do imóvel em caso de morte ou invalidez permanente do mutuário, passando a propriedade para seu herdeiro