"No decorrer da execução de uma obra, várias questões interferem para modificar o projeto. Quando um arquiteto participa da organização da obra, ele tem poder de decisão e pode usar seus conhecimentos específicos para que a melhor solução seja encontrada. No nosso caso, trabalhamos para um grupo específico de proprietários, os futuros condôminos do edifício, então essas decisões são compartilhadas, o que é enriquecedor para ambas as partes. Se por um lado temos de adequar e mudar o nosso projeto em função das demandas dos proprietários, por outro, por meio de reuniões, podemos mostrar direta e claramente a eles os limites do nosso trabalho. Se a obra atrasa, eles têm a completa compreensão de que há escassez de mão de obra no mercado e contribuem para a solução do problema."
A interação com os condôminos, assinala Flávio Agostini, resultou na concepção de uma área de lazer sem espaços ociosos para o empreendimento. "No diálogo constante chegamos a um projeto adequado para a área de lazer, sem os excessos que encontramos hoje em grande parte dos empreendimentos convencionais, com piscina, sauna, salão de festas e área para churrasco, espaços que serão de fato usados pelos moradores", diz. O Edifício Quintas do Luxemburgo tem duas torres e total de 24 unidades, de três e quatro quartos, e 126 e 156m² de área, e deve estar concluído no primeiro semestre de 2011.