"Considero que todas as exigências de acessibilidade devem ser bem recebidas pelo construtor, ainda que isso signifique um aumento de custos. Afinal, o deficiente tem os mesmos direitos que uma pessoa sem problemas de mobilidade e, se há uma elevação de custos, ela é geral para todo o mercado. Portanto, incorporar os preceitos da acessibilidade em seus projetos não é um problema para o construtor", assegura.
Entre as medidas já incorporadas pelos construtores aos projetos de empreendimentos residenciais e comerciais, que são exigências legais, ele destaca os acessos feitos por rampa, a instalação de elevadores ou a destinação de um espaço para que o equipamento seja instalado, caso seja necessário no futuro, prioridade ao deficiente para compra de unidades no primeiro pavimento das edificações sem elevador, sinalização de acessos e calçadas, disponibilidade de vagas mais largas de garagem e alargamento de portas e corredores.
"Algumas construtoras vão além das exigências legais, colocando no projeto medidas como portas com largura superior ao mínimo estabelecido pela ABNT ou banheiros mais amplos na unidade ou adaptados nas áreas comuns para os deficientes. A redução da mobilidade, permantente ou temporária, pode ocorrer com todo mundo e, fatalmente, ocorre à medida que envelhecemos. Portanto, considero que a acessibilidade será, cada vez mais, um diferencial de mercado para os empreendimentos".