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Conheça um pouco das técnicas mais aplicadas pela bioarquitetura

Redação
- Foto: Eduardo Almeida/RA Studio
Adobe

Bloco de terra crua moldado em fôrmas por processo artesanal ou semi-industrial (foto). Secos naturalmente, seu processo de fabricação não acarreta em desmatamento nem emissão de gás carbônico na atmosfera, como os tijolos cozidos. Podem conter outros materiais e substâncias em sua composição para melhorar seu desempenho, o que deve ser equilibrado com as quantidades de areia e argila presentes no solo. Em certos casos, utilizam-se fibras vegetais para conter sua retração. São assentados com a mesma mistura de sua composição e podem formar paredes autoportantes (dispensam pilares) ou de vedação.

Superadobe

Nesta técnica, a mistura - semelhante à utilizada para fabricação dos adobes - em estado de "farofa" é compactada em sacos individuais ou contínuos e empilhados uns sobre os outros. O superadobe é uma técnica inspirada nas barreiras de proteção militar constituídas pelo empilhamento de sacos de areia. Pelas mesmas razões, a técnica foi utilizada para a construção de casas: as paredes são maciças, resistentes às fortes intempéries, e podem ser erguidas rapidamente.

Solocimento

É a evolução de técnicas de construção, como o adobe e a taipa. A vantagem agora é que os aglomerantes naturais, de características variáveis e instáveis, foram substituídos pelo cimento, produto industrializado e de qualidade controlada. O solocimento é uma solução muito interessante em loteamentos populares, onde a própria comunidade pode produzir tijolos e pisos com maquinário simples e a baixíssimo custo. Outra área são os condomínios, nos quais a preocupação com a sustentabilidade ganha cada vez mais espaço.

Teto verde

Além de sua função básica de proteção, os telhados podem ser aproveitados como superfície de captação das águas pluviais - que, devidamente armazenadas, podem ser usadas para regar plantas ou lavar o chão, por exemplo - e como superfície para se plantarem gramíneas e/ou outras plantas de pequeno porte. Para fazer um teto verde deve se levar em consideração a estrutura do telhado, sua inclinação, a membrana de impermeabilização e antirraiz, o sistema de drenagem, a espessura e o tipo de substrato, assim como as espécies a serem plantadas.