A falta de apartamentos de luxo no Bairro Funcionários também é diagnosticada pela RKM Engenharia, que constrói apartamentos avaliados entre R$ 1 milhão e R$ 2,5 milhões. A diretora da empresa, Adriana Bordalo, afirma que a procura é enorme e que não existem terrenos na região para serem comprados. Ela informa que o Edifício Zai Dal, na Rua Maranhão, ainda não finalizado, tem todas as 53 unidades vendidas. Os apartamentos têm área de 278 metross quadrados e preço médio de R$ 2,2 milhões
Na opinião do presidente da MRV, Rubens Menin, o mercado de luxo sofre mais com a especulação do que o mercado de populares. Porém, independente do patamar dos apartamentos, os resultados das empresas revelam que investir em habitação é um ótimo negócio. A MRV fechou o segundo trimestre com o melhor volume de vendas de toda a sua história, atingindo R$ 981,9 milhões, 15,3% superior ao mesmo período de 2009. Já a Even Construtora, a maior construtora de São Paulo e uma das maiores do Brasil, com negócios em Nova Lima, no Vale do Sereno, e foco em empreendimentos residenciais de até R$ 500 mill, registrou lucro líquido de R$ 104 milhões no primeiro semestre, o que representa avanço de 224% sobre os primeiros seis meses do ano passado.
O vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI), José de Felippo Neto, alerta que, com o boom do mercado imobiliário, o número de corretores cresceu muito nos últimos três anos e que vários, inclusive, entraram no ramo e não exercem a atividade legalmente, pois não são registrados junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). É essencial que o consumidor fique atento à segurança e verifique se o corretor e a empresa são registrados junto ao conselho. Muitos estão aproveitando o bom momento do mercado e não são profissionais. Estão apenas de passagem, alerta Neto.
Sobre faixas, como a vista no Bairro Funcionários, Neto considera um absurdo. É um tipo de concorrência desleal e ilegal