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Migração da mão de obra

Denise Menezes

Programar todas as etapas é essencial para o bom andamento das obras
Outro desafio enfrentado pela construção civil, com o boom imobiliário, é a escassez de mão de obra
. “Esse é hoje o nosso maior problema. A concorrência pela mão de obra é grande, principalmente, pela mais qualificada, o que tem elevado os salários”, diz a diretora comercial da RKM Engenharia, Adriana Bordalo.

O gerente-geral de Obras da Even Construtora e Incorporadora, Thiago Melo Pedreira, considera que, além da concorrência entre as empresas da construção civil pela mão de obra disponível, o setor sofre com a migração dos trabalhadores para outras atividades econômicas, sobretudo para o comércio. “A construção civil paga, hoje, para trabalhadores do nível operacional de obra, um salário semelhante ao de um operador de caixa, de um empacotador e até de um atendente de telemarketing, que são atividades que exigem um esforço físico, braçal, bem menor que o requerido para um operário de obra. Então, essa migração tem sido inevitável, já que, com a economia aquecida de uma forma geral, há também muita oferta de vagas no comércio”, raciocina.

Entre as medidas tomadas pela Even para minimizar o problema, Thiago cita o investimento na formação de mão de obra qualificada dentro dos canteiros, o aumento da remuneração e a oferta de mais benefícios, como planos de saúde e de previdência privada, e a formação educacional 100% subsidiada pela empresa.

Na Construtora Atrium, diz o gerente de Contratos, João Batista Carneiro Teixeira, além das medidas para fidelizar o trabalhador, a empresa investe no uso de novas tecnologias que demandem um número menor de operários no canteiro de obras.