O levantamento ouviu cerca de 20 mil representantes da nova classe média do Brasil. Gente como o vigia noturno Ualace Marques Martins, que tem rendimento mensal de R$ 1 mil e planeja comprar um carro usado até o fim do ano. Para isso, no mês passado ele ingressou num consórcio. Se não for sorteado na próxima assembléia, porém, vai apelar para um financiamento. Quero um veículo seminovo. Pode ser um Palio ou um Gol. Até o final do ano, se Deus quiser, estou de carro novo. Ou como a vendedora Vanessa de Oliveira Fialho Santiago
O consumo das classes C, D e E crescerá o dobro do da classe AB até 2013, aponta o estudo. Segundo a Fecomércio, o crescimento dos emergentes será de 7% a 8% ao ano nesse período, contra 4% dos ricos. A vontade de comprar é altíssima nessa categoria social. Ela é capaz de fazer crescer consistentemente a indústria automobilística por um bom tempo, sustenta Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia. Segundo o estudo, as mulheres comandam 32% das famílias da nova classe média brasileira. Os dados são referentes a 2009. Nas camadas de renda mais alta da população, o percentual de mulheres que são chefes de famílias é menor. Nas classes A e B, apenas 25% delas estão à frente das famílias
De acordo com o levantamento, a classe C é mais jovem e composta por uma maioria de afrodescendentes (negros e herdeiros da miscigenação).