24/01/2011 - Depois de seguir os cuidados de influência de luminosidade, ventilação e até mesmo o tamanho dos vasos a serem usados, é só espalhar por todos os cantos da casa as plantas. Na cozinha, cachepôs com ervas e temperos em vasos. No banheiro, folhagens e forrações. Na sala, palmeiras e arbustos. Na varanda, bambus e árvores. As sugestões são do paisagista e ambientalista Caio Zoza, que diz que praticamente todos os ambientes podem recebê-las.
Entretanto, faz uma ressalva com relação aos quartos, local onde elas não são recomendadas. Durante o período noturno, elas passam por uma inversão no sistema de transpiração que, em vez de retirar gás carbônico e liberar oxigênio, retiram oxigênio do ambiente e liberam gás carbônico, justifica.
A arquiteta Daniela Lauar diz que a colocação das plantas nos ambientes internos depende do espaço e da decoração. No entanto, na hora de escolher o vaso, ela recomenda os de barro, por manterem a terra aerada, ao contrário dos de plástico, que retêm a umidade. Mas se o estilo for mais moderno, opções como cachepôs de vidro, espelhados, de fibra, vasos de cimento ou de cerâmica de alta temperatura (vietnamitas) que estão em alta, podem ser usados.
Veja imagens de diferentes vasos para plantas
Mesmo se os ambientes forem pequenos, não há problema. Neste caso, a indicação é investir em plantas de pequeno porte, colocadas em vasos com alturas maiores. São ideais também as plantas que compõem os jardins verticais
Outra solução simples é utilizar potes de vidro ou madeira sobre mesas e aparadores com orquídeas. O recurso confere charme e sofisticação ao ambiente, de acordo com Daniela Lauar. Se quiser mais verde, utilize uma samambaia sobre a mesa ou em uma estante, mas cuidado com o tamanho da planta para não ficar desproporcional ao espaço, alerta.
Em cozinhas ou varandas, uma boa ideia são as hortas de temperos. Fáceis de cultivar em vasos ou jardineiras e com o crescimento rápido, são opções decorativas. Pode-se plantar cebolinha, alecrim, tomilho, basílico, manjericão, sálvia, coentro entre outros, afirma Daniela
Confira dicas para ter plantas sempre saudáveis
Manutenção e medidas de segurança garantem o sucesso do projeto. Como em ambientes internos as plantas não conseguem repor seus nutrientes da mesma forma como se estivessem na natureza, a qualidade da terra é fundamental para mantê-las saudáveis. Bem como a reposição de adubo e da água, de acordo com a necessidade da planta e a evaporação do ambiente, completa Daniela.
Para quem não quer lidar com manutenções complicadas, a arquiteta aconselha que sejam evitadas plantas que se caracterizam por crescer desordenadamente e por terem raízes agressivas. Com relação às pragas, para preveni-las, a recomendação é que sejam realizadas pulverizações mensais de óleo de nim (planta indiana). É eficaz na prevenção contra insetos, assim como a aplicação de fungicidas comprados em casa de jardinagem.
As regas também merecem cuidados. Em excesso, matam por sufocamento e apodrecimento
Mas os cuidados não param por aí, principalmente se entre os moradores da casa há crianças ou animais domésticos. Isso porque existem plantas tóxicas, como lembra Caio Zoza. Uma delas é a comigo ninguém pode. Ela foi muito usada no passado e está com retorno efervescente há alguns anos, no famoso kit mau olhado, conjunto de sete plantas em um mesmo vaso: guiné, arruda, manjericão, pimenta, espada de São Jorge e alecrim.
Com relação a valores, o paisagista informa que a yuca já escultural com 1,5 metro de altura sai em torno de R$ 150; a palmeira rafis com quatro hastes, R$ 48; o buxinho podado com 35cm de diâmetro, R$ 60 e terrários com cactos e suculentas variam de R$ 90 a R$ 300. Já o projeto paisagístico fica a partir de R$ 800.