Na escolha do melhor sistema de cercamento de uma casa ou edifício, a segurança é o principal item a ser analisado. Mas há outros aspectos que não podem ser esquecidos. O primeiro deles é a verificação da existência de regras especiais na região em que o imóvel está ou será construído. “Os condomínios, por exemplo, costumam ter normas próprias que proíbem a construção de muros, assim como áreas tombadas pelo patrimônio histórico, como a Cidade Jardim, em Belo Horizonte, onde é obrigatório seguir os conceitos de época”, lembra a arquiteta Tânia Salles.
Outra regra básica a ser seguida é optar por um projeto que seja coerente com o estilo arquitetônico do imóvel, que valorize inclusive seu projeto paisagístico. “O muro ou cerca é a entrada da casa e deve ter a mesma linguagem usada em todo o projeto arquitetônico”, afirma a arquiteta, que prefere os projetos que mesclem áreas abertas e fechadas, com o uso de pedras empilhadas, grades e vegetação. “O verde é sempre importante porque suaviza qualquer elemento.”
As pedras usadas para o empilhamento, informa Tânia, podem ser a são tomé, a ardósia e a ouro preto, fixadas umas nas outras com argamassa especial. “Há no mercado cerâmicas que imitam as pedras empilhadas e outras que se assemelham à madeira, que também podem ser usadas.”
A arquiteta gosta ainda dos muros que misturam pedras, como o mármore e o granito, com alvenaria, daqueles pintados com tintas especiais que formam texturas, e ainda das grades de alumínio, que podem ser pintadas de várias cores. “O vidro, blindado, também pode compor um muro fechado”, sugere.
Algumas casas, mais imponentes, podem receber pórticos de entrada, trabalhados com mármore. Já os edifícios devem ter muros nas laterais e fundos, mas a frente – para aumentar a segurança – precisa ser mais transparente. Para cercar condomínios, os muros, às vezes duplos, são os mais usados.