Ter quintal com muitas plantas não é mais privilégio de quem mora em casa. A consciência ecológica tem levado muitas construtoras a abandonar o velho hábito de derrubar árvores para erguer prédios e as áreas verdes ganham espaço privilegiado em condomínios de Belo Horizonte. Consequência disso é a valorização cada vez maior de imóveis que proporcionam aos moradores contato direto com a natureza.
O projeto do Residencial Karina Barakat, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul da capital, foi modificado por causa de um pé de jambo. As duas primeiras varandas ficaram desalinhadas para que não fosse preciso derrubar a árvore. Resultado: os apartamentos mais baixos, que normalmente são menos valorizados por não ter vista, foram vendidos pelo mesmo preço dos andares mais altos. “O consumidor começou a enxergar a preservação do meio ambiente como um diferencial. Ele agora sabe que isso agrega valor ao imóvel”, afirma a diretora da RKM Engenharia Adriana Bordalo.
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Vista definitiva atrai clientela
MUDANÇAS
A preocupação com o meio ambiente também fez com que a Habitare repensasse o projeto do Edifício Santa Amélia, no bairro de mesmo nome, na Região da Pampulha. A construtora desenhou, no primeiro esboço, os três prédios alinhados, mas logo mudou de ideia. “Deslocamos um dos prédios para preservar a vegetação e tivemos que abrir mão de piscina e quadra”, conta o diretor comercial, Hélio de Souza Júnior
O condomínio, que terá 72 apartamentos, ainda está na planta e deverá ser entregue daqui a quatro anos.