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Primeiro passo para quem quer construir um imóvel é adquirir um terreno

Para isso, é preciso tomar os cuidados necessários, se prevenindo contra os imprevistos na hora de iniciar as obras

Júnia Leticia
"Se o terreno for para investimento, deve-se avaliar o momento do mercado, o valor de venda de áreas similares e se a região está em desenvolvimento" - Marcelo Andrade, diretor de novos negócios da VPA - Foto: Eduardo Almeida/RA Studio

Quem tem o sonho de construir a casa própria do jeitinho que imaginou tem que começar seus planos literalmente pelo chão. E o primeiro item da lista de prioridades para a realização do sonho é adquirir o terreno. Nessas horas, a ajuda de um profissional é muito bem-vinda, para evitar problemas futuros.

Antes de fechar o negócio, é preciso atenção a uma série de aspectos técnicos, como topografia, condições do solo, metragem de frente e fundos e ter noção sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo, conforme alerta o diretor de novos negócios da VPA Urbanismo e Construções, Marcelo Andrade. “Esses detalhes são importantes para saber o que é permitido instalar naquele terreno, a área de construção máxima permitida no imóvel, entre outros”, cita.

Depois desse trabalho inicial, é preciso analisar toda a documentação do vendedor do imóvel, para ser certificar de que o terreno que está oferecendo é realmente seu. “É importante saber, também, se não existem pendências que possam recair sobre aquele imóvel. Se o terreno for para investimento, deve-se avaliar o momento do mercado, o valor de venda de terrenos similares e se a região está em desenvolvimento”, ensina o diretor.

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O vice-presidente de loteadoras da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Jáder Nassif, divide em três ramos os aspectos a serem considerados na hora de comprar um terreno. “O primeiro é a localização, que precisa levar em conta a perspectiva de vida, trabalho e moradia do comprador, além da finalidade para a qual o terreno está sendo adquirido.” Depois disso, vem a idoneidade da empresa que está comercializando a área, verificando-se questões legais. “Deve-se observar a questão jurídica e o histórico da empresa loteadora: o que ela costuma levantar, o que costuma construir, empreendimentos feitos no passado.”

INFRAESTRUTURA

Por fim, vêm as características físicas, como a topografia, a vegetação e qual tipo de casa será construída. “Além disso, é preciso atentar para a infraestrutura do loteamento, o que vai ter em termos de esgoto, água, rede elétrica e que tipo de empreendimento será desenvolvido”, acrescenta Nassif.

Já para o gerente comercial e de novos negócios da Century 21 Elite BH, Carlos Eduardo Gallo, antes de tudo, deve-se avaliar as preferências do comprador. “Características como região (montanha ou mar), clima, mais urbano ou mais rural, além, é claro, da disponibilidade de investimento.” Outro critério indicado por Carlos é a utilização que se pretende dar à área: habitação, lazer, negócios, entre outros.