De acordo com Paulo Dias, toda imobiliária de Belo Horizonte está contratando, e com salários cada vez mais atraentes. “Um iniciante começa ganhando entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. É um valor acima da média de muitas profissões. Mas é preciso ter em mente que não basta ser bom vendedor. Capacitação e qualificação constantes são fundamentais. Atualmente, com a facilidade de informações, os compradores já chegam sabendo de tudo que é necessário numa transação. E querem confirmar com o corretor e tirar uma ou outra dúvida. Ele precisa ver que está diante de um profissional bem informado e capacitado”, orienta o presidente, lembrando que o Sindimóveis conta com 16 cursos rápidos de atualização e qualificação.
O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-MG), Paulo Tavares, avalia o momento como ainda melhor
Os ganhos vêm acompanhados de responsabilidades
DEVERES
Essas obrigações trazem segurança ao vendedor e ao comprador. “O bom corretor, ao receber um imóvel, faz consulta ao Tribunal de Justiça e ao Ministério do Trabalho para verificar possíveis ações que possam envolver o bem. E checa o nome do proprietário na Receita Federal e até na Polícia Civil. Bem como consulta a certidão atualizada do imóvel. Aquelas pessoas que atuam como corretores sem registro no Creci geralmente não têm esses cuidados. E burlam a lei, colocando cartazes e anúncios na rua, o que é proibido. Deve-se sempre desconfiar desse tipo de anúncio”, alerta.
Paulo Tavares lamenta que, muitas vezes, a atuação ilegal é acobertada ou facilitada por grandes imobiliárias, que precisam de mão de obra. Mas diz que o Creci tem atuado junto ao Ministério Público para fiscalizar e punir as irregularidades. Sugere a retenção de corretores aposentados como alternativa para a escassez de mão de obra. E o estímulo aos interessados para que façam o curso técnico. Uma vez matriculados, já podem atuar como estagiários.