Mas, e quando se trata de uma construção antiga de alto padrão, em que a blindagem é um item considerado muito importante para a segurança? É possível utilizar o recurso? O diretor da Vault, Cristiano Vargas, diz que sim. "No nosso caso, utilizamos a estratégia do retrofit, ou seja, reformamos o local a ser blindado de forma personalizada, para adaptar as novas instalações sem prejudicar o projeto arquitetônico inicial", revela.
Para fazer o trabalho, são substituídos alguns materiais antigos e convencionais, adaptando-se as partes que serão blindadas. "Geralmente, locais industriais têm a preocupação maior com o nível de segurança, enquanto os imóveis residenciais necessitam do apelo de segurança, combinado com acabamento de acordo com o padrão arquitetônico existente", observa Cristiano.
Antes de contratar o serviço, é preciso saber que, como os produtos blindados são controlados pelo Exército, para que as empresas possam oferecer a proteção, elas deverão ter alguns certificados fornecidos pela força militar. "Essas empresas deverão ter o TR (título de registro), que as autoriza a fabricar apenas os produtos blindados que tiverem apostilados no título", informa Carlos.
O TR também dá permissão para o comércio, a instalação, o transporte, a armazenagem e tudo o que estiver descrito nele. "Já as empresas que têm apenas o CR (certificado de registro) poderão fazer o mesmo, exceto fabricar", acrescenta.
O presidente da Câmara de Blindagem completa dizendo que todos os produtos que passam pelo processo contam com o Relatório Técnico Experimental (Retex) fornecido pelo Exército. "Para que a empresa possa fabricar qualquer produto, ela deverá mandar uma amostra ao Exército, que o testa conforme a Norma NBR 15.000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o certifica por meio do Retex. O produto também deverá ser apostilado no TR do fabricante", reitera Carlos.