Ao mesmo tempo, no mês passado, o número de empregados na indústria de materiais de construção se manteve estável em relação a setembro, mas mostrou acréscimo de 6,2% em um ano. Entre os fatores que foram definitivos para o resultado mais fraco do período, a Abramat cita as medidas de contenção da inflação adotadas pelo governo, a redução do ritmo de crescimento no mercado imobiliário e o aumento das importações.
Em razão do cenário econômico menos favorável, no início de novembro a entidade decidiu reduzir a perspectiva de crescimento para 2011 de 5% para 4%. Apesar da revisão, a Abramat diz que segue otimista com relação ao último bimestre do ano. "Acredito que as expectativas sejam positivas por conta da disponibilidade de crédito, do elevado nível de emprego e da desoneração do IPI dos materiais de construção", afirma, em nota, o presidente da entidade, Walter Cover.
Básicos x Acabamentos
Por segmento, a venda de materiais básicos caiu 2,3% no mês passado ante setembro, mas cresceu 5,2% em relação a um ano antes. Entre os materiais de acabamento, as vendas diminuíram 5,6% em relação a setembro, mas aumentaram 1,6% sobre outubro de 2010. Entre janeiro e outubro, a queda na indústria de produtos básicos chega a 0,7%, enquanto o setor de acabamento acumula alta de 8,3% no período. Nos últimos 12 meses, o primeiro segmento registra queda de 0,3%, enquanto o segundo viu seu faturamento crescer 9,4%.
Já o nível de emprego entre as fabricantes de materiais básicos recuou 0,2% no mês passado em relação a setembro, enquanto na indústria de acabamento aumentou 0,4%. Na comparação com outubro do ano passado foram informados acréscimos de 5,7% e de 7,3%, respectivamente.