O crédito habitacional deve terminar 2011 com um volume de R$ 117 bilhões e, em 2012, de R$ 152,1 bilhões, de acordo com projeções divulgadas no início deste mês pelo Sinduscon-SP, durante entrevista com a imprensa na capital paulista. A estimativa de crescimento em 2011 representa uma elevação de cerca de 30% em relação ao ano anterior, quando o crédito imobiliário atingiu um montante em torno de R$ 90 bilhões.
"É um salto significativo e explica a evolução e as mudanças do setor da construção", avaliou Ana Maria Castelo, consultora da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A principal origem do crédito neste ano e no próximo continuará sendo o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que deve responder por cerca de R$ 81 bilhões em 2011 e de cerca de R$ 107 bi em 2012, segundo estimativas do Sinduscon-SP. Os recursos do FGTS, que também têm mostrado participação crescente devem somar cerca de R$ 36 bilhões neste ano e cerca de R$ 45 bilhões no próximo.
O crédito habitacional atingiu em outubro o equivalente a 4,75% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, o que representa uma alta ante os 3,25% registrados no mesmo mês do ano anterior. Segundo os dados apresentados pelo Sinduscon-SP, o crédito para o setor vem mostrando crescimento em relação ao PIB e deve continuar nessa rota em 2012.